Lula reapresenta relógio do século XVII e vaso danificado nos ataques de 8 de Janeiro

Lula observa relógio do século XVII
Lula observa relógio do século XVII restaurado Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reapresentou na manhã desta quarta-feira, 8, o relógio do século XVII trazido ao Brasil por dom João VI e uma ânfora (espécie de vaso) esmaltada que haviam sido danificados nos ataques golpistas de 8 de Janeiro de 2023 feitos por extremistas de direita às sedes dos Poderes. Lula não discursou, mas posou para fotos perto dos objetos.

O relógio se tornou o item mais famoso danificado nos ataques. Foi enviado para a Suíça para ser restaurado. No caso da ânfora, a restauração foi responsabilidade da Universidade Federal de Pelotas.

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A primeira-dama Janja Lula da Silva fez o primeiro discurso do dia. “O Palácio do Planalto, onde estamos hoje, foi vítima do ódio que estimula e continua estimulando atos antidemocráticos”, declarou ela.

Janja disse que, poucos dias antes de 8 de Janeiro de 2023, “vibrávamos porque a esperança tinha vencido o ódio” – uma referência à eleição de Lula contra Jair Bolsonaro em 2022. Depois, de acordo com Janja, houve uma tentativa de “sufocar a esperança”. A primeira dama continuou: “Estamos aqui não para lamentar, mas muito menos para esquecer”.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse que estão sendo devolvidas à sociedade 20 obras, incluindo sete que foram vandalizadas no 8 de Janeiro. As restaurações e outras atividades correlatas, segundo ela, custaram R$ 2 milhões.

A reapresentação das obras é o primeiro ato de Lula neste 8 de Janeiro, dois anos depois dos ataques.

Ele também reapresentou a tela As Mulatas, de Di Cavalcanti, e participa de um evento com discursos político no principal salão do Palácio do Planalto. Depois, fará um “abraço simbólico” à Praça dos Três Poderes.

Descerramento do painel “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, reintegrado ao patrimônio do Palácio do Planalto

Descerramento do painel “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, reintegrado ao patrimônio do Palácio do Planalto