O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 25, que a Câmara dos Deputados deveria tomar providências contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por sua ação nos Estados Unidos junto a autoridades norte-americanas para impor tarifas comerciais e sanções ao Brasil.
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Em discurso em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, Lula disse ainda que se o presidente dos EUA, Donald Trump, tivesse lhe telefonado, ele teria explicado a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, acrescentando que Bolsonaro não está sendo perseguido, mas julgado com amplo direito de defesa por ter tentado dar um golpe de Estado.
A pauta da soberania nacional tem ganhado espaço nos discursos federais e Lula parece usar a oportunidade para aumentar a popularidade de sua gestão. A postura do Planalto frente às tarifas agradou boa parte dos brasileiros – mesmo aqueles afastados do espectro político petista – e uniu diferentes bases ao redor da defesa da autonomia econômica do Brasil.
O anúncio de Trump, ocorrido em 9 de julho, se deu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma suposta tentativa de golpe de Estado. O filho do ex-líder, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), chegou a se licenciar do cargo de deputado federal para permanecer nos EUA e tentar convencer o governo norte-americano a promover retaliações contra autoridades brasileiras, alegando que o pai sofre perseguição política.