12/12/2024 - 11:13
SÃO PAULO, 12 DEZ (ANSA) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passa bem após ter sido submetido nesta quinta-feira (12) a um novo procedimento no crânio e deve receber alta hospitalar entre segunda (16) e terça (17) da semana que vem.
O petista foi submetido a uma embolização de artéria meníngea média, intervenção de baixo risco e que tem como objetivo bloquear o fluxo em um vaso sanguíneo para evitar novos hematomas cranianos, como aquele que levou o presidente a uma cirurgia de emergência na madrugada de terça (10).
Segundo os médicos, não houve nenhum sangramento desde a operação, mas a equipe decidiu realizar a embolização para minimizar o risco de que o problema se repita. “O presidente está acordado na UTI, comendo e superestável”, disse o cardiologista Roberto Kalil Filho, médico pessoal de Lula, em uma coletiva de imprensa no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
De acordo com Kalil, o procedimento não “atrasou nem um pouco a programação dos próximos dias”, e “o presidente poderia ir para Brasília na segunda ou terça”. “Pode ser um dia a mais, um dia a menos, dependendo da evolução”, acrescentou.
Ainda segundo o cardiologista, o petista deve receber alta da UTI nesta sexta (13). “A partir de amanhã, ele vai passar a não ter mais os cuidados de monitoramento 24 horas”, ressaltou.
Durante a coletiva, a infectologista Ana Helena Germoglio, que também acompanha a saúde de Lula, explicou que o presidente teve sintomas semelhantes a um quadro gripal no início da semana, em uma “concomitância de fatores que pode ter precipitado o quadro inflamatório que chegou na hemorragia”.
“Ainda não identificamos o vírus, mas os exames normalizaram, então não há mais sinal de doença viral”, salientou Germoglio.
Segundo a equipe médica, Lula está “cognitivamente íntegro, mas a recomendação é de que ele não faça esforço físico nem mental” nos próximos dias.
A hemorragia detectada no início da semana ainda é consequência da queda sofrida pelo mandatário em um banheiro do Palácio da Alvorada em outubro passado, acidente que impediu que ele viajasse para a cúpula do Brics em Kazan, na Rússia, e para a COP29 em Baku, no Azerbaijão. (ANSA).