O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará ao Rio Grande do Sul neste domingo, 5, para acompanhar a evolução das medidas contra enchentes no Estado. O chefe do Palácio do Planalto estará acompanhado de nove integrantes da Esplanada, incluindo Fernando Haddad (Fazenda). Ao Broadcast Político, o ministro da Secom disse que Lula visitará Porto Alegre.

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As chuvas torrenciais já deixaram 57 mortos no RS. Além disso, há 67 desaparecidos. Dos 497 municípios gaúchos, 281 já foram afetados, no que é considerado o pior desastre climático do Estado. Na capital, o nível do Rio Guaíba bateu recorde. O Aeroporto Salgado Filho, localizado em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, suspendeu as atividades por tempo indeterminado, e há registros de blecautes e falta de água na cidade. A rodoviária e o centro histórico foram alagados.

“O presidente Lula agora há pouco confirmou a sua vinda ao Rio Grande do Sul no domingo, amanhã”, disse Pimenta, em vídeo publicado em suas redes sociais. Dos ministros que acompanharão o presidente, além de Haddad, Pimenta também citou Nísia Trindade (Saúde), Camilo Santana (Educação) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).

“(Lula) vem com uma forte presença do governo, vem especialmente para se reunir com o governador (Eduardo Leite) para ampliar a determinação e o compromisso do governo federal em apoiar o Estado do Rio Grande do Sul neste momento dramático. Estamos num momento ainda muito difícil. A nossa prioridade nas próximas horas ainda é o trabalho de salvamento”, afirmou Pimenta.

O presidente esteve no RS na quinta-feira, 2, mas desembarcou em Santa Maria (RS), no centro do Estado, também acompanhado de ministros e da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Na ocasião, o petista prometeu que não faltariam esforços nem recursos do governo federal para minimizar os impactos das chuvas em solo gaúcho.

Neste sábado, Pimenta e o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, voltaram ao Estado, para instalar em Porto Alegre um escritório de monitoramento para acompanhar a tragédia. Há também uma reunião virtual nesta tarde da Sala de Situação criada pelo Palácio do Planalto, em Brasília, para discutir ações voltadas ao Estado.

“Vamos ficar direto aqui, nos juntando a todas as outras forças que já estavam em operação, principalmente para criar uma melhor sinergia entre governo federal, estadual e os municípios”, disse Waldez Góes.

A prioridade, segundo ele, é o resgate a pessoas em locais de risco e assistência aos que estão em abrigos. “Já estamos nos organizando para toda a situação de restabelecimento, porque a gente precisa estar preparado para, a partir de segunda-feira, intensificar uma série de atividades, de saúde, de escolas, de energia, de conectividade, também de estradas, pontes, portos e aeroportos. Isso tem que ser concomitante. As águas baixando e a gente atuando”, emendou o ministro.