O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para ser o rival de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2026, no entanto, o Datafolha aponta que o adversário do presidente da República não é o favorito do eleitorado. De acordo com a pesquisa, o senador ficaria 15 pontos percentuais atrás do petista se um eventual segundo turno fosse hoje.
O instituto ouviu 2.002 eleitores de terça-feira, 2, a quinta-feira, 4. O levantamento foi feito em 113 municípios com maiores de 16 anos. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou menos.
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Outros nomes, como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e Ratinho Jr. (PSD-PR), também marcam cinco e seis pontos percentuais de desvantagem sob Lula, respectivamente. Flávio foi apontado como representante do PL na votação do que vem após seu pai ter sido condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe. Ele só poderá voltar a concorrer com 105 anos de idade.
No cenário contra Flávio, Lula marca 51% ante 36%; antes, ganhava de 48% a 37%. Irmão do senador, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) passou de 37% para 35%, enquanto no embate Lula foi de 49% para 52%, dentro da margem de erro. Já a ex-primeira-dama Michelle (PL-DF) perde de 50% a 39% nesta aferição de cenário. Tarcísio perderia na simulação para Lula por 47% a 42%; em julho, o placar era 45% a 41%. Já Ratinho Jr. mantém a competitividade já vista quando perdia por 45% a 40%, marcando agora 41% contra 47% do atual mandatário.
No primeiro turno, Lula continuaria em vantagem. O Datafolha testou cinco cenários, um deles com Jair Bolsonaro. Nos quatro, Flávio e seu irmão têm o pior desempenho no embate familiar contra Lula. O presidente marca 41% das preferências, ante 18% do senador, 12% de Ratinho Jr., 7% do governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e 6% do chefe do Executivo de Minas, Romeu Zema (Novo).