BRUXELAS, 22 SET (ANSA) – Um grupo formado por 17 líderes mundiais, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinou um apelo pedindo que a transição em direção a uma energia limpa seja “equitativa”.
O documento foi divulgado por ocasião da cúpula global sobre clima que será realizada na próxima quarta-feira (24), em Nova York, à margem da Assembleia-Geral da ONU, e também traz as assinaturas dos presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e dos premiês da Austrália, Anthony Albanese, do Canadá, Mark Carney, e do Reino Unido, Keir Starmer, além de líderes de países insulares.
“A situação é clara: uma transição para a energia limpa está em andamento e veio para ficar. Precisamos garantir que seja equitativa. Esta é a única abordagem que realmente beneficiará o planeta, as pessoas e a inovação”, diz o texto.
“Embora a direção geral seja positiva, ainda existem disparidades significativas no acesso à energia e a investimentos. Muito mais precisa ser feito para garantir que a transição não apenas avance globalmente, mas também beneficie as pessoas e economias que mais precisam”, acrescentam os líderes.
Além disso, o apelo destaca que a COP30, marcada para novembro, em Belém, no Pará, é uma oportunidade para “aumentar a ambição” climática dos países, mas ressalta que é preciso transformar as metas nacionais em “ações e investimentos para mudar vidas e fortalecer comunidades”.
O documento também salienta a criação de um Fórum Global de Transições Energéticas para “impulsionar o acesso” a fontes limpas e garantir que a passagem dos combustíveis fósseis para as energias renováveis seja “justa, sustentável e inclusiva”.
“Essa é uma década decisiva. As escolhas que fizermos hoje determinarão se vamos aproveitar essa oportunidade sem precedentes de transformação econômica ou se permitiremos que a inércia nos segure pelos próximos anos. Apelamos aos líderes e ao setor privado para que apoiem este esforço comum e se unam em ação. Juntos, podemos desbloquear um futuro mais sustentável, equitativo e próspero para todos”, conclui o texto. (ANSA).