Pesquisa Genial/Quaest mostra que, ao final do segundo ano de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aprovado por 52% da população e reprovado por 47%. Essa foi a quinta rodada da pesquisa em 2024. O resultado é estável em relação à pesquisa anterior, que foi divulgada em outubro.

Ao todo, 8.598 pessoas foram entrevistadas de forma presencial entre os dias 4 e 9 de dezembro. Na avaliação geral do governo Lula, as opiniões dos eleitores estão divididas: 33% têm avaliação positiva, 31% negativa e 34% consideram a administração regular. Quando o assunto foram os dois mandatos anteriores do presidente, essa é a pior avaliação. Em 2004, o governo Lula tinha 41% de avaliação positiva e em 2008, 73%.

Quando a avaliação é feita em relação às regiões do País, a região Nordeste continua sendo a maior base de apoio do presidente, com 67% de aprovação. A popularidade de Lula é sustentada pelos eleitores que ganham até 2 salários mínimos (63%), entre os eleitores pretos (59%) e entre os que tem mais de 65 anos (57%).

A maior desaprovação do presidente vem dos que ganham mais de 5 salários mínimos (59%), dos evangélicos (56%) e dos moradores do Sudeste do Brasil (55%).

Entre os seis estados cujos eleitores foram ouvidos nesta rodada, as maiores variações em relação à pesquisa mais recente, feita em abril, aconteceram em Pernambuco, onde a aprovação do trabalho do presidente Lula recuou de 73% para 65% e a desaprovação avançou de 27% para 33%; em São Paulo, com avanço de 48% para 55% na desaprovação e queda de 50% para 43% na aprovação; e em Goiás, também com grande aumento da desaprovação e recuo na aprovação.

A alta do dólar é um assunto que está preocupando a população. Afinal, 72% dizem que a subida terá impacto em suas vidas sobre preço de alimentos e combustíveis. Essa avaliação é semelhante em todas as faixas de renda, assim como a de que os preços de alimentos e combustíveis vão subir. 84% têm essa opinião.

O emprego, por outro lado, é motivo de otimismo. 43% dizem que está mais fácil conseguir trabalho hoje do que há um ano, contra 26% em outubro. Para 45% o emprego está mais difícil. Essa variável pode ter influenciado a expectativa para a economia nos próximos 12 meses: 51% acreditam que a situação vai melhorar (45% em
outubro) e 28% que vai piorar (36% em outubro).

O principal destaque é a avaliação do pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil é aprovada por 75% dos eleitores. O índice de aprovação é superior a 70% entre os que votaram em Lula, em Bolsonaro e também entre os que votaram em branco, anularam ou se abstiveram. 61% dos entrevistados acreditam que serão beneficiados pela mudança, seja pessoalmente, seja através de alguém da família.

A pesquisa constata que apenas 38% dos entrevistados já sabiam da parte do pacote relativa ao ajuste de gastos. Os demais 62% foram informados no momento da entrevista. Entre os que conheciam as medidas, 68% avaliam que elas não serão suficientes para melhorar as contas do governo.

A margem de erro estimada da pesquisa é de 1 ponto percentual para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%.