Lula diz que vai levar Janja para conversa com Trump

Lula e Janja
Lula e Janja no Palácio do Planalto Foto: Ton Molina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que pretende levar a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, à conversa que deverá ter nas próximas semanas com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A declaração ocorreu nesta segunda-feira, 29, durante a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em Brasília. Apesar do tom de brincadeira, a fala pode simbolizar um indicativo de que o petista pretende falar com Trump presencialmente.

A participação de Janja em conversas com outros chefes de Estado foi alvo de questionamentos após vazamentos à imprensa críticos à sua participação em jantar com o presidente da China, Xi Jinping, em maio.

Em 2024, durante participação no G20 Social, a primeira-dama afirmou “não ter medo” de Elon Musk e usou um xingamento em inglês para se referir ao proprietário da rede social X e da fabricante de veículos Tesla: “Fuck you, Musk”. Aliado de Trump, o bilionário chefiou o Departamento de Eficiência de Gestão do republicano nos primeiros meses de seu governo.

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O convite de Trump para Lula

Em discurso na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Trump disse ter acordado um encontro com Lula e relatou que os dois tiveram “excelente química” no encontro que tiveram, em Nova Iorque.

“Não tivemos muito tempo para conversar, foram cerca de 20 segundos, mas ainda bem que eu esperei. Nós concordamos em nos encontrar na próxima semana. Ele [Lula] me pareceu um homem muito legal. Eu gostei dele, e ele gostou de mim. E eu só faço negócios com pessoas de quem eu gosto”, disse o americano.

Trump citou as tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros enviados aos EUA e afirmou que as autoridades brasileiras desrespeitam os direitos humanos e a liberdade. “As tarifas são uma resposta às tentativas de interferir nos direitos e liberdade de cidadãos americanos”, disse, logo antes do elogio ao petista.

Os argumentos embasaram as sanções de seu governo contra autoridades brasileiras em reação ao processamento e condenação de Jair Bolsonaro (PL) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por uma tentativa de golpe de Estado.

Além do tarifaço, os EUA revogaram vistos de ministros e enquadraram Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci, na Lei Magnitsky. Durante a escalada, Lula e emissários disseram não ter conseguido contato com a Casa Branca para abrir negociações comerciais.

Não há confirmação, por parte do Palácio do Planalto, se o diálogo ocorrerá de forma remota ou virtual.

*Com informações de Estadão Conteúdo