O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, justificou a assistência dada ao governo do Rio de Janeiro diante das enchentes que ocorreram nos últimos dias no Estado. Segundo ele, desde 2013, o Rio de Janeiro não utilizou o investimento destinado para melhorar a situação de morros e córregos e a maioria das obras não foi concluída.

“Quando acontece uma enchente qualquer, o primeiro atendimento sempre é do governo federal e as pessoas sempre precisam do governo federal e o governo federal tem que ajudar”, explicou Lula, em discurso nesta quinta-feira, 18, na Bahia. “Mas, ao analisar o que aconteceu no Rio de Janeiro, nós percebemos que, desde 2013, tem várias obras contratadas para cuidar de morros e córregos e que não foram utilizadas.”

De acordo com o presidente, foi utilizado R$ 1 bilhão de um investimento de R$ 1,6 bilhão no Estado e nenhuma obra foi concluída. “Muitas obras estão feitas 15%, 20%”, disse.

O atual governador do Estado é Cláudio Castro, que é filiado ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL. Nesta semana, diante das enchentes, o governo federal enviou ministros ao Estado. Lula, contudo, permaneceu em Brasília.

Na esteira da ajuda que o governo federal dá aos Estados, Lula afirmou que a gestão irá oferecer uma “ajuda” aos produtores do Nordeste, diante da expectativa de uma seca atípica na região. “Pode levar um pedaço da conta para lá [Brasília] que seremos sócio da reconstrução, da capacidade de construção”, disse.

Bahia

No discurso, Lula falou com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e cobrou que o governador faça mais que os ex-governadores do Estado Jaques Wagner (PT) e Rui Costa (PT).

“Você tem que fazer mais que os dois, porque o que eles fizeram já faz parte do passado, a Bahia já usou, já desfrutou, agora você tem que fazer coisa nova”, disse Lula.