Lula disse a Trump que sanções contra ministros do STF não são justas, diz Alckmin

Presidente dos EUA falou com petista por chamada de vídeo nesta segunda

Trump e Lula

O presidente Lula (PT) disse ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que as sanções impostas pela Casa Branca contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) não são justas.

O relato foi feito a jornalistas nesta segunda-feira, 6, pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).

“O presidente Lula colocou que as sanções aos ministros não são justas e

que isso também deveria ser rediscutido”, afirmou.

O ministro Alexandre de Moraes e sua esposa foram enquadrados na Lei Magnitsky pelo governo Trump. Outros magistrados da corte e autoridades do governo Lula tiveram vistos de entrada nos EUA revogados em reação ao que o republicano chama de “caça às bruxas” do Judiciário brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A conversa de Lula e Trump

Os dois chefes de Estado conversaram pela manhã, em chamada de vídeo que durou cerca de 30 minutos. No diálogo, avaliado como positivo por integrantes do governo, Lula pediu que Trump revogue as tarifas de 40% impostas sobre produtos brasileiros e reiterou o convite para que o americano participe da COP30, em Belém.

O republicano também elogiou a conversa. Em publicação nas redes sociais, prometeu um encontro presencial com o petista para um “futuro não muito distante” e projetou que os países “se darão muito bem”.

A possibilidade de diálogo foi aberta por ele em 23 de setembro. Ao discursar depois de Lula na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Trump disse que os dois se encontraram, tiveram “excelente química” e deveriam ter uma conversa mais longa em breve. Veja abaixo o momento:

Os governos estão em crise desde a sobretaxação de produtos brasileiros, anunciada em julho pelo americano. Desde então, representantes do governo brasileiro afirmaram ter feito tentativas sem sucesso de contato com a Casa Branca.

Lula, por sua vez, aumentou a dose de críticas a Trump na medida em que elas renderam melhoria na avaliação popular de seu governoNa própria ONU, celebrou a condenação de Bolsonaro e afirmou que o Brasil não aceitaria “atentados à soberania”.

*Com informações de Estadão Conteúdo