(ANSA) – BRASÍLIA, 24 OTT – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (24) que tem boa disposição para se reunir na Malásia com o seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, mas reconheceu que é difícil alcançar consensos imediatos sobre temas como o tarifaço e as sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Todo mundo sabe que eu dizia que, quando o presidente Trump quiser conversar, o Brasil está à disposição para sentar e negociar. Eu tenho todo o interesse em ter essa reunião. Como eu acredito muito na negociação, como eu acredito na relação humana, eu estou convencido de que a gente pode avançar muito nisso”, disse o líder brasileiro em coletiva de imprensa em Jacarta, Indonésia.
Lula fez as declarações antes de embarcar para Kuala Lumpur, na Malásia, onde chegou nesta sexta para participar da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), à margem da qual pode se reunir com Trump no próximo domingo (26).
“Tenho toda a disposição de defender os interesses do Brasil e mostrar que houve equívoco nas taxações, e também quero discutir um pouco a punição que foi dada a ministros brasileiros da Suprema Corte”, adiantou o presidente.
“Se eu não acreditasse que fosse possível um acordo, eu não participaria da reunião. Ainda que o acordo não seja fechado depois de amanhã, ele será construído pelos negociadores”, acrescentou.
Por fim, Lula disse que Trump sabe que o tarifaço contra o Brasil encareceu a carne e o café nos EUA. “As pessoas vão descobrindo também que nem todas as medidas que a gente toma repercutem da forma que a gente queria”, finalizou. (ANSA).