O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira que precisa agradecer por ainda estar vivo, em seus primeiros comentários públicos sobre as prisões realizadas pela Polícia Federal nesta semana de quatro militares e um policial por suspeita de planejarem um golpe de Estado em 2022 com planos de assassinato dele.

“Eu sou um cara que tenho que agradecer muito mais porque eu estou vivo, a tentativa de me envenenar — eu e o Alckmin — não deu certo e nós estamos aqui”, disse Lula em discurso durante evento de divulgação do Programa de Otimização de Contratos de Concessão de Rodovias, no Palácio do Planalto.

A PF prendeu na terça-feira quatro pessoas em uma operação para desarticular organização criminosa suspeita de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito na eleição de 2022, com planos de assassinato de Lula e do vice Geraldo Alckmin.

Durante o discurso, Lula afirmou ainda que a única coisa que quer quando terminar o mandato é desmoralizar “com números aqueles que governaram antes”. “Não quero envenenar ninguém. Eu não quero nem perseguir ninguém”, disse.

“Eu quero medir com números quem fez mais escolas neste país, quem cuidou mais dos pobres deste País, quem fez mais estrada, quem fez mais pontes, quem pagou mais salário mínimo . É isso que eu quero medir porque é isso que conta no resultado da governança”, seguiu o presidente.

Ainda em referência às revelações da PF, Lula disse que é preciso construir um Brasil “sem perseguição, sem estímulo do ódio, sem estímulo às desavenças”.