O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descreveu, nesta terça-feira (25), como uma “vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa” o anúncio de que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, recuperará a sua liberdade.

“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso”, escreveu Lula na rede social X.

“Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, acrescentou.

Depois de uma saga judicial de quase 14 anos, Assange, libertado de uma prisão no Reino Unido, viaja nesta terça-feira para uma ilha americana no Pacífico onde se declarará culpado em um tribunal como parte de um acordo que lhe permitirá recuperar a sua liberdade.

Assange, de 52 anos, é procurado pelas autoridades dos Estados Unidos por ter revelado mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas, especialmente no Iraque e no Afeganistão.

Lula apoiou publicamente a luta de Assange desde que o australiano foi preso pela primeira vez em dezembro de 2010, como parte de uma investigação por estupro e agressão sexual de duas mulheres suecas.

Assange “desnuda a diplomacia que parecia inatingível, parecia a mais certa do mundo, e aí começa uma busca (para prendê-lo) (…) e não vi um voto de protesto”, destacou Lula naquela época.

Assange refugiou-se na embaixada do Equador em Londres em 2012, onde permaneceu encarcerado durante sete anos. Foi detido em 2019 em uma prisão de segurança máxima em Londres, de onde lutou para não ser extraditado para os Estados Unidos.