Lula não quer abrir mão de sua ilegal candidatura a presidente da República. Desde janeiro, quando foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), um colegiado de segunda instância, até as conchinhas da praia sabiam que Lula estava inelegível, com base na Lei da Ficha Limpa, que considera inelegível o cidadão condenado em segunda instância. Mais do que ninguém, Lula sabia disso. Afinal, foi ele quem assinou a Lei da Ficha Limpa em 2010, quando ainda era o presidente. Mesmo assim, Lula insistiu em ser candidato. Contrariando a lei e o bom senso. Novamente, ao arrepio da lei, ele registrou sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aos 45 minutos do segundo tempo, no dia 15 de agosto. O TSE se reuniu na última sexta-feira 31 e, como já se sabia, decidiu impugnar a candidatura de Lula por 6 a 1. Ele foi proibido também de manter a campanha nas ruas, na TV e na Internet, mas o PT, debochando da Justiça, continua com a farsa de sua candidatura. O prazo do PT para tirar Lula definitivamente da chapa vence no próximo dia 11, mas Lula insiste em não deixar a cena. Recusa-se a colocar o ex-prefeito Fernando Haddad como cabeça da chapa petista. Age como ditador, o dono do partido. Comporta-se como se estivesse em Cuba, onde vigora a tese do partido único, do líder máximo, incontestável. Justo o PT, que sempre combateu a ditadura militar, agora transforma-se num partido ditatorial.