O ex-tudo (ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro), Lula da Silva, costuma dizer-se a “alma mais honesta deff paíff”. Bem, de alma eu não entendo, mas de homens, suspeitas, delitos e justiça, sim, e garanto: não é mesmo!

A lista: mensalão, petrolão, sítio de Atibaia, tríplex de Guarujá, Instituto Lula, palestras, planilha amigos… Apenas para ficar com os casos conhecidos. E tô me lixando para o STF e os compadres togados. Eles mandam e eu obedeço, claro, mas não concordo.

E não é que o ex-meliante de São Bernardo encontrou sua alma gêmea, alguém tão inocente quanto ele. Trata-se de Juscelino Filho, ministro das Comunicações, flagrado em, deixe-me ver, um, dois, três, quatro, como direi?, indícios de malfeitos.

Primeiro, mandou asfaltar uma rodovia com dinheiro do orçamento secreto, que percorre cinco (ou oito, não tenho certeza) fazendas suas. Depois, usou um avião da FAB para passear em São Paulo. Não satisfeito, cobrou diárias oficiais pelo passeio.

Três, né? Mas não acabou. Escondeu do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – na declaração obrigatória de todos os candidatos – mais de 2.2 milhões de reais em cavalos de raça. Aliás, obras de arte são um outro artifício bastante comum nestes casos. Quais? Bem…

Diante de um caso assim, o que faria um presidente da República minimamente honesto, probo e ciente de suas funções de chefe de Estado? Demitiria o ministro na hora! Mas Lula, não. Até porque, se assim agisse (demitindo o valente), não seria Lula.

Estamos diante, pois, de um caso de amor entre almas gêmeas honestas. Almas que se entendem, se é que… me entendem. Ah, esqueci: o ministro emplacou um sócio seu em um cargo público qualquer, ganhando salário de 17 mil reais.

Enquanto chora pela fome e ataca o Banco Central, Lula da Silva vai abrigando em seu governo o tipo de gente que se acostumou a cerrar fileiras (da corrupção) ao seu lado e do PT. Surpresa? Nenhuma. Depois é só acusar o juiz de suspeição e pronto.