02/07/2024 - 13:47
A cantora Luísa Sonza deu uma longa entrevista ao jornal O Globo no domingo, 30, na qual tratou de vários temas, como depressão, autocuidado, aborto e criminalização das drogas.
Colhendo o sucesso em Portugal, país no qual seu mais recente álbum, Escândalo Íntimo, foi muito bem recebido e alcançou os primeiros lugares no Spotify, Luísa, que se apresentou com sucesso no Rock in Rio Lisboa, Luísa contou à repórter Fernanda Baldioti que está se recuperando de uma depressão profunda, que a fez repensar aspectos de sua vida e carreira.
“Cheguei a perder quase completamente o cuidado comigo. Só não perdi porque, pela carreira, eu precisava estar maquiada, bem-vestida. Quando comecei a me curar da depressão, voltei a cuidar do cabelo, da pele…”, disse Luísa, de 25 anos.
Luísa, que atualmente namora o médico português Luis Ribeirinho, afirmou na entrevista que toma remédio parta tratar a doença. “Tive uma fase em que precisei de muito remédio. Hoje, não tomo nem metade do que já tomei e faço terapia. Nunca estive tão tranquila”, disse.
A entrevista para O Globo também abordou temas delicados, de repercussão nacional, que têm circulado pelos noticiários, entre eles, drogas e aborto.
A cantora disse que, a exemplo de Portugal, onde tem passado parte de seu tempo, o Brasil deveria considerar debater sobre a regulação das drogas. Luísa afirma que é a favor da liberação da maconha e que a criminalização das drogas é algo “muito hipócrita”.
“A bebida é extremamente prejudicial, vicia, destrói vidas e está regulamentada”, argumentou.
Sobre o aborto, Luísa afirmou que nunca interrompeu uma gravidez, mas que o faria “se acontecesse em alguma situação que não fosse desejada”.
Luísa também respondeu aos criticam suas músicas. “A minha intenção não é ser o Chico Buarque, mas tenho produções muito legais. É difícil vermos a mulher neste lugar de compositora. Chico, por exemplo, era uma pessoa por quem eu estava apaixonada, mas não era o foco da música”, disse.
A cantora enxerga um tanto de preconceito nas críticas que recebe.”Por que as mulheres também não podem criar uma música com o nome de um homem sem serem vistas em um lugar de coitada?”, questionou