[Alerta de gatilho: Depressão, violência doméstica e médica, suicídio]

Luisa Mell voltou às suas redes sociais, na madrugada desta quarta-feira (29), para dar mais detalhes sobre a violência médica que afirma ter sofrido. Na segunda-feira (27), ela foi aos prantos ao falar das sequelas psicológicas após passar por um procedimento estético sem sua autorização.

Visivelmente abatida, ela fez uma série de vídeos em seu Instagram Stories dando mais detalhes do caso e também aproveitou para tranquilizar os fãs. “Gente, tenho bastante coisa pra falar pra vocês. Resolvi voltar logo, porque sei que muita gente ficou preocupada. Muito obrigada pelas mensagens de carinho. Tive uma reaão alérgica à cirurgia. Faz 10 meses que eu choro todos os dias quando me olho no espelho, que eu fico lutando, fazendo tratamento, cirurgia para reparar o dano que foi causado em mim. É uma coisa assustadora.”, disse ela, visivelmente emocionada.

Luisa afirma ainda que foi pressionada pelo médico, cujo nome permanece em sigilo, para aceitar um acordo às pressas. “Ontem o que aconteceu? Eu tava sofrendo uma pressão, porque esse médico contratou um desses superadvogados milionários, nível Lava Jato, milionários, e começou a mandar pra mim que, se eu não aceitasse o acordo, que eu não podia falar nada, que eu assumia que não aconteceu, pegar um dinheiro rápido pra mim, que ele ia entrar em processo contra mim hoje por danos morais, que eu ia me ferrar! Eu, a vítima, sofrendo o horror que estou sofrendo.”

Luisa finaliza falando que pensa em expor o nome do médico quando estiver com o processo em mãos. “Você têm noção quantas injeções eu já fiz pra tentar arrumar uma coisa que nunca me incomodou? É inacrediotável uma coisa dessas. O cara pode fazer e não posso falar que ele fez. Não é absurdo isso?! Isso que eu nem falei o nome dele ainda, hein. E estava pensando: quando chegar o processo, posso mostra pra vocês e todo mundo vai saber quem fez esse horror. O que mais quero é que ninguém passe por isso. É uma dor que não desejo pro meu inimigo. O sofrimento atroz de ser mutilada, de você amar seu corpo
e, porque alguém achou, resolveram que eu tinha muita gordura, por padrões estéticos sei lá de quem…”.

Luisa disse que recusou qualquer acordo com o advogado do médico e que pretende levar até pressionar políticos para uma lei específica sobre a mutilação que ela afirma ter sofrido. “Não aceitei acordo nenhum, não tenho medo, posso estar fragilizada, mas ainda sou eu! Vamos pra briga? Vamos. Pode processar. Vou adorar mostrar seu nome, querido, pra que você nunca faça isso com ninguém. Amanhã mesmo já vou falar com alguns deputados, porque quero sim projeto de lei que puna exemplarmente essas pessoas.”

Ela disse que depois de ter exposto seu caso, recebeu muitas mensagens de outras mulheres que passaram por situações semelhantes. “Nunca imaginei que esse tipo de coisa pudesse acontecer. Depois que eu expus, foram tantas histórias que chegaram a mim, tantas pessoas que passaram por histórias semelhantes. Não dá pra aceitar isso.

“Sempre acho que tudo que acontece na minha vida tem um porquê. Acredito, sim, na justiça, porque estou com a verdade e sou a vítima dessa história. Quero doar esse dinheiro [da indenização que ela pretende receber do processo] para as vítimas que não podem pagar cirurgias reparadoras. É um sofrimento”, finalizou.

Caso você esteja passando por situação semelhante, com depressão ou pensamentos suicidas, procure ajuda.
O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.
Centro de Valorização da Vida – CVV
Telefone: 141 (ligação paga) ou www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.
Serviços de saúde
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).
Emergência
SAMU 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais.