O deputado Luis Miranda (DEM-DF) chegou ao Senado, para participar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, vestido com um colete à prova de balas. Na chegada ao Congresso, o parlamentar estava acompanhado de agentes da polícia legislativa.
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Deputado bolsonarista Luis Miranda, que denunciou fraudes no Ministério da Saúde, chegou à CPI usando colete a prova de balas. pic.twitter.com/Qf19jxy8Ob
— Humberto Costa (@senadorhumberto) June 25, 2021
Na quinta-feira (24), o deputado protocolou um pedido de prisão por coação contra o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e o assessor da Casa Civil Élcio Franco à CPI da Covid-19 no Senado.
No documento, Miranda alega ter sido vítima de ameaças pelos dois em coletiva realizada na quarta-feira (23). Onyx afirmou que o presidente Jair Bolsonaro determinou uma investigação da Polícia Federal sobre o parlamentar e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda, do Ministério da Saúde. O motivo são as denúncias sobre um esquema de corrupção na compra de vacina contra covid-19.
“Contaram com o apoio de todo aparato estatal da Presidência da República, a saber, convocaram a imprensa para uma coletiva (….) para prejudicar a mim e meu irmão”, diz o documento endereçado ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), por Miranda.
“Ele vai se entender com Deus e com a gente também”, disse o ministro em pronunciamento no fim da tarde no Palácio do Planalto.
Covaxin
Aliado do governo, o deputado Luis Miranda afirmou ter levado a Jair Bolsonaro, em 20 de março, denúncia sobre suposto esquema de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin. Em entrevista coletiva, Onyx informou que Bolsonaro mandou a Polícia Federal investigar o deputado e o irmão do parlamentar, Luís Ricardo, que também participou da reunião na ocasião. O governo nega irregularidades na negociação.
* Com informações da Agência Estado