ROMA, 22 JAN (ANSA) – O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, deve anunciar, na tarde desta quarta-feira (22), sua renúncia como líder político do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), informaram fontes do governo. A decisão teria sido antecipada nesta manhã durante uma reunião com os ministros da legenda, realizada no Palazzo Chigi. O pronunciamento do chanceler italiano está marcado para 17h (horário local) no Templo de Adriano, cercado por “facilitadores regionais”. “Luigi Di Maio vai falar, o importante é permanecer unido, manter todos unidos no movimento, escolher juntos o caminho para o futuro”, afirmou o ministro do Esporte, Vincenzo Spadafora, ao sair do encontro.   

A expectativa é de que a legenda seja assumida, de acordo com o estatuto, por Vito Crimi, membro mais velho do comitê de garantia, até março, quando será realizada uma convenção, provavelmente entre 13 e 15 de março, onde deve ser debatido se ocorrerá uma reforma na liderança. “Hoje à tarde, às 17h, estarei em Roma com todos os facilitadores regionais. Vou me conectar ao vivo porque tenho coisas importantes para conversar com vocês”, escreveu Di Maio, que está na liderança do partido desde setembro de 2017, no Facebook.   

A renúncia chega alguns dias antes das eleições regionais na Emília-Romagna e Calábria, agendadas para o próximo domingo. O M5S concorrerá com um candidato escolhido pelos membros do partido após votação na plataforma Rousseau, o que foi contra a decisão do próprio Di Maio. O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, por sua vez, afirmou que o chanceler foi “puxado pela jaqueta” e disse que só comentará a situação depois que ele tomar suas “iniciativas”.   

“Se essa foi sua decisão, vou respeitá-la, porque seria uma decisão com o maior senso de responsabilidade”, acrescentou.   

(ANSA)