Ídolo da torcida, Lugano está de volta ao São Paulo. O ex-zagueiro, que se despediu do clube como atleta em dezembro do ano passado, assumiu nesta semana o cargo de superintendente de relações institucionais. Na prática, se torna a última peça de um trio de ex-jogadores vencedores, ao lado de Raí e Ricardo Rocha, que comandam o futebol do clube.

Dos três, Lugano é quem mais terá circulação fora do futebol, também nas relações institucionais do clube, que aposta no atleta não só pelo forte vínculo com a história do São Paulo, mas também por sua boa imagem em instituições esportivas.

Apresentado oficialmente no novo cargo nesta terça-feira no CT da Barra Funda, Lugano prometeu estar presente em diferentes esferas, desde o vestiário, que conhece bem, até representando o clube em eventos, competições e congressos. Para o uruguaio, é uma nova oportunidade para colocar em prática coisas que ele procurava fazer enquanto jogador.

“Vou tentar implementar ideias que já trazia como jogador, em relação à ligação com a torcida, entre os jogadores, com os funcionários, meninos da base, para que o São Paulo também crie grandes cidadãos”, disse Lugano. “É preciso sempre transmitir valores importantes. É meu sonho e meu desafio.”

Pelo primeira vez atuando nos bastidores, Lugano diz ver a transição de forma natural. “Estou muito orgulhoso dessa oportunidade de reiniciar minha vida no futebol. É um passo transcendental, difícil, mas estou motivado. Serei um representante de um time que representa tão bem o Brasil e a América do Sul e com o qual tenho um vínculo especial.”

Conhecedor do vestiário, Lugano promete atuar firmemente com os atletas do elenco. “Todos os jogadores precisam saber o que representa essa instituição. Não significa só ser campeão sempre. Mas ter uma conduta e uma educação adequada, com a torcida, com funcionários, com todos. Este é o perfil de jogadores diferenciados. O São Paulo sempre foi assim, mas alguns problemas nos últimos anos fizeram alguns esquecer a origem e a essência do clube”, acrescentou.

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“Tenho um diagnóstico muito fresco do que é o São Paulo, mas minha função é mais ampla. Não vou ficar diariamente no vestiário, mas minha experiência vai colaborar”, disse o ex-zagueiro tricolor. “Cada jogador tem sua origem, sua cultura e influências boas e negativas. Vi isso a vida toda nos vestiários. Essa vivência de quase duas décadas não se aprende em cursos, e isso podemos transmitir.”

Para Lugano, o São Paulo está em processo de transformação, e parte dela está ligada a reencontrar sua “essência”. “Evolução é você se fazer forte de dentro para fora. No ano passado, já vimos muitas mudanças, vinda de profissionais de várias áreas, jogadores que chegaram, tudo isso alimenta um futuro promissor. O resultado chega. Se o São Paulo ficar forte internamente. O São Paulo é grande, e a essência se recupera no dia a dia, com coisas invisíveis aos olhos.”


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