A Telefônica Brasil, dona da Vivo, teve lucro líquido de R$ 1,153 bilhão no primeiro trimestre de 2020, baixa de 14,1% em relação ao mesmo período de 2019, conforme balanço publicado nesta quarta-feira, 6. A operadora explicou que teve queda no lucro por causa de despesas maiores no trimestre com impostos e depreciação dos ativos.

Também houve queda da receita, em meio à pandemia do coronavírus, e piora do resultado financeiro. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela redução de outros custos operacionais.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 4,507 bilhões, avanço de 3,4% na mesma base de comparação. A margem Ebitda subiu de 39,7% para 41,6%.

Já o Ebitda recorrente, que exclui os ganhos resultantes das vendas de torres de telefonia, atingiu R$ 4,431 bilhões, alta de 1,6%. A margem Ebitda recorrente cresceu de 39,7% para 40,9%.

A receita líquida totalizou R$ 10,825 bilhões no trimestre, baixa de 1,4%.

O resultado financeiro líquido gerou uma despesa de R$ 195 milhões, montante 116% maior, impactada por perdas com operações de derivativos e variações monetárias e cambiais.

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Custos operacionais

A Telefônica Brasil registrou custos operacionais de R$ 6,318 bilhões no primeiro trimestre de 2020, recuo de 4,5% em comparação com o mesmo intervalo de 2019.

As principais baixas ocorreram nas linhas de custo das mercadorias vendidas (-16,8%) e nas despesas de comercialização dos serviços (-9,6%).

No caso do custo das mercadorias, a queda reflete a menor atividade comercial em função da covid-19. No segundo caso, está relacionada à crescente digitalização e automação de atividades relacionadas ao atendimento ao cliente.

As despesas gerais e administrativas caíram 0,3% devido a medidas de controle de gastos.

Já as provisões para créditos de liquidação duvidosa (clientes inadimplentes) aumentaram 6,7%, para R$ 455 milhões. Com isso, as provisões chegaram a 2,9% da receita bruta no trimestre, alta de 0,3 pontos porcentuais.

Investimentos

A Telefônica Brasil investiu R$ 1,648 bilhão no primeiro trimestre de 2020, recuo de 2,8% ante o mesmo período de 2019. Esse montante representa 15,2% da receita líquida do período, em linha com a meta trienal divulgada pela companhia.

Os aportes foram destinados à implementação das redes de fibra ótica e TV por internet IPTV e ao reforço de capacidade nas tecnologias 4G e 4.5G, além de manutenção e conservação da rede, suportando o crescimento da demanda por dados.

A tele chegou ao fim de março com caixa líquido de R$ 1,337 bilhão, correspondente a uma dívida bruta de R$ 4,643 bilhões e um salto em caixa de R$ 5,493 bilhões. Essa contabilidade exclui efeitos da norma IFRS 16.


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