A Petrobras anunciou uma queda de 47% em seu lucro líquido no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 28,782 bilhões, principalmente devido à queda nos preços do petróleo.

De acordo com o relatório de resultados divulgado na noite de quinta-feira, a empresa registrou lucros de R$ 54,330 bilhões no mesmo período do ano anterior, em meio ao aumento dos preços dos combustíveis, devido à recuperação da demanda pós-pandemia e à guerra na Ucrânia.

Os lucros líquidos do segundo trimestre também caíram 24,6% em relação ao primeiro, quando atingiram R$ 38,156 bilhões.

Por outro lado, a Petrobras reportou uma queda de 18,1% na receita de um trimestre para o outro, devido principalmente à queda de 4% no preço do Brent.

O EBITDA ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o segundo trimestre foi de R$ 56,690 bilhões, uma queda de 42,3% em relação ao ano anterior.

A gigante petrolífera estatal brasileira “apresentou uma performance financeira e operacional consistente no 2º trimestre, mantendo sua rentabilidade de maneira sustentável”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, segundo comunicado.

Esta é a primeira publicação de resultados financeiros desde que foi anunciada uma mudança na política de preços da empresa, antes alinhada com o mercado internacional, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O esquerdista, que tem criticado fortemente os lucros da empresa, prometeu “abrasileirar os preços” dos combustíveis, com uma política que permita evitar aumentos aos consumidores quando o preço do petróleo subir nos mercados.

A empresa investiu 3,2 bilhões de dólares no segundo trimestre, um aumento de 31% em relação ao trimestre anterior, em projetos de exploração do “pré-sal”.

Além disso, a Petrobras anunciou que seu conselho de administração aprovou na noite de quinta-feira o pagamento de um dividendo de R$ 1,15 por ação, no valor total de cerca de R$ 15 bilhões.

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