São Paulo, 23 – A Jalles Machado reportou lucro líquido de R$ 170,4 milhões no acumulado do ano-safra 2020/21, encerrado em 31 de março. O resultado representa alta de 122,7% ante o registrado na temporada 2019/20, de R$ 76,5 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia sucroenergética subiu 16,4% na mesma base de comparação, para R$ 709,9 milhões. A margem Ebitda foi de 65,4% na safra, recuo de 3,3 pontos porcentuais ante os 68,7% verificados na temporada 2019/20.

No quarto trimestre da safra, o lucro líquido foi recorde de R$ 71,2 milhões, ante lucro de R$ 1,2 milhão no mesmo trimestre da temporada anterior.

A receita operacional líquida do grupo alcançou R$ 318,6 milhões no trimestre, alta anual de 61%; no acumulado, o avanço foi de 22,2%, para R$ 1,085 bilhão. Já a receita bruta da empresa somou R$ 384,9 milhões no quarto trimestre da temporada, 65,8% a mais do que no mesmo trimestre da temporada 2019/20. Em toda a safra, a empresa informou ter apurado R$ 1,275 bilhão de receita bruta, superando em 17,2% os números da safra anterior.

De acordo com a Jalles Machado, o que contribuiu para o crescimento da receita foi o aumento dos volumes comercializados para o mercado externo, além do incremento de preços. “Em termos de participação total na receita bruta, as exportações responderam por 27,0% na safra 2020/21, comparado com 20,6% na safra anterior”, acrescentou, em comunicado publicado para investidores e imprensa.

A empresa informou, ainda, que o agravamento do pandemia do novo coronavírus a fez traçar como objetivo o aumento da robustez de caixa. Dessa forma, entre março e novembro de 2020, foram realizadas captações de R$ 327,6 milhões, que ajudaram a elevar as disponibilidades da Companhia para R$ 657,4 milhões, “considerando a soma das rubricas caixas e equivalentes e caixa restrito de curto e longo prazos”. Em fevereiro deste ano, a Jalles Machado recebeu recursos provenientes da oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês), que totalizaram R$ 519,8 milhões líquidos.

“Com isso, o caixa e equivalentes da Jalles Machado somou R$ 1.222,4 milhões ao fim do exercício social encerrado em 31 de março de 2021. Tal montante representava 2,9 vezes os vencimentos de curto prazo, mantendo assim a alta liquidez”, disse a companhia.

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O capex total da safra foi de R$ 248,9 milhões, 1,3% menor do que o investido em 2019/20. Já a dívida líquida em 31 março estava em R$ 198,3 milhões, uma redução de R$ 651,9 milhões permitida pela geração de Fluxo de Caixa Livre e pela entrada dos recursos do IPO. A alavancagem passou de 1,4 vez em março de 2020 para 0,3 vez em março deste ano.

Produção

A companhia relatou processamento de 5,295 milhões de toneladas de cana ao fim da temporada, volume recorde e 3,6% a mais do que no ano anterior. A produção de açúcar ficou em 313 mil toneladas, 21% acima do fabricado na safra anterior. Já a do etanol ficou 13,2% abaixo, em 236,6 milhões de litros.

“O volume recorde de moagem na safra 2020/21 parcialmente compensou o menor teor de açúcar da cana processada no decorrer do período, levando à produção total de 729 mil toneladas de ATR (açúcar e etanol), volume em linha (-0,4%) com o produzido na safra anterior, de 732,1 mil toneladas”, comenta a empresa.

O mix entre açúcar e etanol mudou, com base nas condições de preços do açúcar e ficou 53,1% para o biocombustível e 46,9% para o adoçante em 2020/21, ante 61,1% e 38,9%, respectivamente, em 2019/20.


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