São Paulo, 1/11 – A Bunge registrou lucro líquido de US$ 92 milhões, ou US$ 0,59 por ação, no terceiro trimestre deste ano, informou a companhia nesta quarta-feira. O resultado representa uma queda de 22% em relação ao mesmo período de 2016, quando a empresa reportou US$ 118 milhões, ou US$ 0,79 por ação. Em termos ajustados, o lucro por ação ficou em US$ 0,75, 2,73% superior aos US$ 0,73 obtidos em igual intervalo do ano passado.
O lucro operacional ajustado do segmento de agronegócios foi de US$ 127 milhões, alta de 53% ante os US$ 83 milhões do terceiro trimestre de 2016. Dentro desta categoria, o lucro com oleaginosas subiu de US$ 79 milhões, no terceiro trimestre do ano passado, para US$ 88 milhões, crescimento de 11%. O lucro com grãos passou de US$ 4 milhões para US$ 39 milhões.
De acordo com a companhia, embora os resultados do segmento de grãos e oleaginosas tenham sido maiores do que no ano passado, as margens globais permaneceram fracas, refletindo o excesso de oferta mundial e a pressão nas margens dos agricultores.
Especificamente em grãos, o desempenho positivo foi impulsionado pelo Brasil e Argentina, que se beneficiaram do aumento nas vendas de julho e preços locais mais atrativos, diante de preocupações com o clima nos Estados Unidos e a desvalorização do real e do peso argentino.
O Brasil também se beneficiou de fortes exportações do milho safrinha. Os resultados de originação de sementes diminuíram nos Estados Unidos, devido à redução nos embarques, com o crescimento no volume da América do Sul, e custos de logística temporariamente maiores devido ao clima.
Entretanto, fatores como vendas de produtos de maior valor agregado, melhora nas margens de esmagamento da soja nos Estados Unidos e queda na colheita de trigo no Brasil e na Argentina, que tendem a favorecer as integrações da empresa, “devem levar a melhores resultados no quarto trimestre e darão um bom impulso quando entrarmos em 2018”, afirma o CEO da Bunge, Soren Schroder, no relatório de resultados.
