A Apple registrou maior lucro e o segundo avanço trimestral consecutivo em sua receita, mas a demanda modesta pelo iPhone deve elevar a pressão para que a companhia busque gerar um novo sucesso nos mercados ainda neste ano. O lucro da Apple subiu 4,9% no trimestre até 1º de abril, para US$ 11,03 bilhões, ou US$ 2,10 a ação. Analistas ouvidos pela Thomson Reuters previam US$ 2,02 por ação. A receita, por sua vez, teve crescimento anual de 4,6%, a US$ 52,89 bilhões, abaixo da previsão de US$ 52,97 bilhões dos analistas.

Após a divulgação do balanço, a ação da Apple caía 1,83% no after hours em Nova York, perto das 18h (de Brasília).

As vendas do iPhone 7, lançado em setembro, não foram suficientes para impulsionar os embarques gerais de iPhone, que caíram 1% na comparação com igual período do ano passado, segundo a companhia, diante de estoques mais baixos. Foram vendidos 50,8 milhões de telefones no trimestre passado, abaixo dos 61,2 milhões de igual período de 2015.

O desempenho geral da Apple no trimestre passado é mais uma evidência de que a companhia mais valiosa do mundo estabilizou seu negócio, após um enfraquecimento no último ano fiscal, durante o qual vendas fracas de seus principais produtos e a crescente competição a afetaram. O iPhone 7 ajudou a Apple a se manter no topo do mercado de smartphones, apesar das críticas de que as melhoras foram incrementais em relação aos modelos anteriores. O preço de venda médio de um iPhone em geral subiu para quase US$ 655, de US$ 641 um ano antes.

Neste ano, será celebrado o 10º aniversário do iPhone e é esperado um modelo com novidades, como carregamento sem fio e realidade aumentada, segundo analistas, que preveem crescimento de dois dígitos nas vendas no próximo ano fiscal.

A Apple também premiou investidores nesta terça-feira com o aumento de seus dividendos para 10,5% e seu programa de recompra de ações em US$ 35 bilhões, para US$ 210 bilhões. O avanço foi comparável a um ano, quando os dividendos subiram 10% e a autorização para recompra de ações avançou US$ 35 bilhões. A Apple se comprometeu a devolver US$ 300 bilhões a acionistas por meio de recompras e dividendos até março de 2019. Anteriormente, a companhia havia se comprometido com um retorno de US$ 250 milhões até 2018. Fonte: Dow Jones Newswires.