“Foi quando ele contraiu o vírus pela terceira vez que seu quadro clínico piorou muito. Com esse episódio, a Covid acabou comprometendo 84% do pulmão. Ainda tinha uma cirurgia muito séria para fazer. A probabilidade de eu sair vivo da mesa era menos de 15%. Eu tive sorte e escapei”, começou Szafir.

“Mas lembro de tudo, inclusive que a intubação foi horrível. Eu senti tudo, senti engolindo água, senti como se estivesse morrendo”.

Quando ainda estava tentando se recuperar, Luciano Szafir teve que passar por uma cirurgia, e acabou sofrendo um sangramento, que o obrigou a usar uma bolsa de colostomia: “É uma dor horrível, morfina não segurava. Tomei junto com uma anestesia para cavalo. Eu berrava na UTI”, lembrou.

“Eu estava com 180 de batimentos cardíacos. O médico falou: ‘Calma, você não vai morrer agora, mas você vai piorar muito ainda, não se assuste’. Os batimentos foram para 180, 185, 190, 195, 200, 205, 207 e depois disso eu só ouvi o barulho do aparelho cessar por 15 segundos. Naquele momento, eu estava esperando apagar a luz. Acabou o jogo”.

“Fui operado, coloquei uma prótese no quadril que teoricamente é super tranquilo. Mas começou a me dar dores, e o resultado foi que eu tinha uma bactéria, uma infecção hospitalar que eu posso ter pego em qualquer momento lá atrás. Aí eu tive que lixar o osso, retirar a prótese, colocar outra e encher de antibiótico”, finalizou.

Assista a entrevista na íntegra: