Após conduzir o Napoli ao título italiano na temporada passada e encerrar um jejum de 33 anos vivido pelos napolitanos, Luciano Spalletti foi anunciado nesta sexta-feira como novo treinador da Itália, no lugar de Roberto Mancini. Agora, a missão dele é acabar com o jejum da seleção nacional, que não disputa uma Copa do Mundo há duas edições. A última participação foi em 2014, no Brasil.

“Vamos dar as boas-vindas a Spalletti”, disse o presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Gabriele Gravina. “A seleção precisava de um grande técnico e estou muito feliz por ele ter aceitado o comando da Azzurra. Seu entusiasmo e sua expertise serão fundamentais para os desafios que aguardam a Itália nos próximos meses”, completou.

A importância de devolver a seleção tetracampeã a um Mundial é tão grande que fez Spalletti interromper o seu plano de ter um período sabático. Em maio deste ano, algumas semanas após ser campeão com o Napoli, ele pediu para rescindir o contrato e foi prontamente atendido por Aurélio de Laurentiis, proprietário do clube, que demonstrou gratidão. “Ele nos deu muito. É justo que faça o que quer fazer”, afirmou Laurentiis na ocasião.

O atual campeão italiano chega após a saída inesperada de Roberto Mancini, que deixou o comando da seleção por decisão própria, conforme anunciado no último domingo. A imprensa local chegou a noticiar que Mancini teria um acerto encaminhado para treinar a seleção da Arábia Saudita, mas ele negou qualquer acerto.

A especulação e a saída repentina tornaram o ex-atacante alvo de críticas. Também pesou o fato de deixar a Itália pouco menos de um mês antes do próximo compromisso, contra a Macedônia do Norte, pelas Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo. O adversário foi o responsável pela eliminação italiana na repescagem das Eliminatórias da Copa do Catar.

Em entrevista publicada pelo jornal “La Repubblica” na terça-feira, Mancini se disse surpreso com a repercussão. “Eu não fiz nada apara ser massacrado assim”, defendeu-se. Também revelou que tinha problemas com Gravina por discordâncias sobre assuntos internos e disse que o dirigente não o queria mais como treinador.