O torcedor do Corinthians está longe de estar feliz com o desempenho de Luan, desde a chegada do meia-atacante, no início do ano passado. No entanto, o jogador também tem as suas mágoas, principalmente com o técnico Vagner Mancini que, ao entender do camisa sete, não tem lhe dado oportunidades.

– Mas tem que perguntar pra ele porque eu não tenho oportunidade de jogar. Se eu não me engano, sou o único ali da frente que não teve sequência de jogos. Eu fico chateado por não jogar. Fico triste de estar no meu time de coração e não ter oportunidade. Eu sei o que a diretoria fez para me contratar – disse o corintiano em entrevista ao programa Arena SBT desta segunda-feira (13).

Desde a chegada de Mancini, em outubro de 2020, o Timão fez 33 jogos, Luan ficou à disposição de 30, atuando em 18, sendo titular em sete e marcando apenas um gol.

A chateação pela falta de chances se dá justamente pelo jogador entender que o ritmo ideal se conquista com tempo em campo.

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– Se perguntar pra qualquer jogador isso faz falta, o ritmo de jogo – afirmou o atleta.

Nos últimos quatro compromissos do Corinthians, Luan ficou apenas no banco de reservas. No entanto, o corintiano não vê essas decisões como represália ou algo pessoas, mas sim opção tática.

– Pelo o que eu entendi foi mais uma opção tática, da forma como ele queria montar a equipe. Entendo que por isso ele não tem me colocado – comentou o meia.

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Em uma das últimas chances dadas por Mancini a Luan, que foi titular na vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, no dia 7 de março, pela terceira rodada do Paulistão, na Neo Química Arena, o treinador admitiu que o meia-atacante precisa de sequência e ainda informou que o camisa sete estava treinando bem.

– Está se esforçando e precisa do apoio de todos nós para voltar a ser aquele grande Luan que todos sabemos. Mas tem que jogar, por isso que dei a oportunidade a ele, porque tenho visto nos treinamentos um atleta dedicado e correndo atrás – falou o técnico, na ocasião.

Em entrevista coletiva virtual concedida na última sexta-feira (9), o gerente de futebol corintiano Alessandro Nunes responsabilizou o Departamento de Futebol por Luan nunca ter chego ao patamar esperado com a camisa do Timão.

– O departamento de futebol tem de entender cada profissional em seu dia a dia. Precisamos ser muito mais criativo no dia de hoje. Todo mundo tem responsabilidade e grande para ficarmos apontando o dedo sempre para o mesmo lugar. “O problema é o Luan, o problema é o dinheiro”. Os problemas são vários. Todo mundo sabe quem está jogando bem e mal, mas o que nós precisamos fazer é um trabalho qualificado dentro do futebol – ressaltou o dirigente.

Quando ainda atuava pelo Grêmio, Luan foi eleito o “Rei da América”, prêmio dado ao melhor jogador do futebol sul-americano, em 2017, quando liderou o Imortal ao título da Libertadores. No ano anterior, o jogador foi um dos principais nomes na conquista da inédia medalha de olho olímpica da Seleção Brasileira de Futebol.

Contudo, desde 2018 o atleta vem caindo de produção ano a ano. A temporada de 2020, inclusive, foi a que o jogador foi menos vezes às redes desde que se tornou profissional, apenas seis oportunidades.

Natural de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, Luan é corintiano de infância.


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