Lourdes Maria Bandeira, uma das maiores referências nas pesquisas sobre violência contra a mulher no Brasil, morreu no último domingo (12), aos 72 anos, vítima de embolia pulmonar e acidente vascular cerebral (AVC).

A educadora era professora do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). Lourdes também integrou a Secretaria de Políticas para Mulheres de 2008 a 2015, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff.

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota de pesar pela morte de Bandeia, assim como o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher, grupo do qual a educadora fazia parte na UnB. “Ao longo de sua trajetória ensinou e orientou várias gerações de estudantes, bem como impulsionou a articulação do núcleo com redes de serviços governamentais e movimentos sociais de enfrentamento à violência contra as mulheres”, escreveram.

“Incansável na luta pelos direitos das mulheres no país, sua crítica competente das relações de gênero e suas realizações […] constituem um legado de grande relevância e contribuíram para lançar o Brasil no patamar do pioneirismo internacional, na aplicação de leis como a Lei Maria da Penha e do Feminicídio. Seus ensinamentos e sua amizade ficarão eternizados na história e nos vínculos de afeto do Nepem”, acrescentaram.