03/03/2023 - 21:05
Após a suspensão do clássico inaugural contra o Galaxy, o Los Angeles FC, do atacante mexicano Carlos Vela, estreia neste sábado na nova temporada da Liga Norte-Americana de Futebol (MLS) buscando ser o primeiro time a reter o título em uma década.
O duelo entre Los Angeles FC (LAFC) e Portland Timbers abrirá uma segunda rodada da MLS que também trará a esperada estreia do St. Louis City diante de seus torcedores nesta cidade emblemática para o futebol dos Estados Unidos.
Depois de dar ao LAFC a primeira estrela de campeão, Carlos Vela encara a nova campanha com responsabilidades ainda maiores aos 34 anos.
O mexicano carregará o peso de um ataque que já perdeu o galês Gareth Bale e o colombiano Cristian Arango.
Bale, que se aposentou após a Copa do Mundo do Catar, teve uma passagem quase decorativa pela franquia, mas marcou um gol importante na final do campeonato, enquanto Arango, transferido para o mexicano Pachuca, foi o artilheiro do LAFC no ano passado com 18 gols.
Vela, que teve um retrospecto de 12 gols e 11 assistências, contará com o atacante gabonês Denis Bouanga para o LAFC continuar somando os três pontos em sua estreia no campeonato, como fez nas outras cinco temporadas na MLS.
“Este grupo ainda está com fome”, enfatizou o técnico Steve Cherundolo nesta semana. “Desde o primeiro dia desta pré-temporada, todos querem muito jogar. O desempenho tem sido muito bom.”
O Los Angeles Galaxy, a franquia de maior sucesso da MLS com cinco títulos e o último a conquistar um bicampeonato (2011 e 2012), também começará a temporada neste sábado, depois que o clássico contra o LAFC na semana passada teve que ser cancelado devido a fortes tempestades.
O Galaxy fará sua estreia diante do FC Dallas em uma temporada na qual tem grandes aspirações após a classificação para os últimos playoffs, depois de dois anos de ausência.
Nas primeiras semanas, porém, terá que jogar sem o atacante mexicano Javier ‘Chicharito’ Hernández, lesionado na perna direita.
A equipe de Los Angeles confia que Riqui Puig, o talentoso meia revelado no Barcelona, irá explorar toda a sua qualidade após um primeiro ano de adaptação.
“Quero ser o MVP, quero ganhar tudo. Quero ser um astro da MLS e construir meu nome nesta cidade. Vou trabalhar duro para conseguir isso”, disse Puig nesta semana, que passou a ocupar uma das três posições de ‘jogador designado’ do Galaxy (que ganham um salário acima do teto permitido pela liga).
Por sua vez, o Philadelphia Union, vice-campeão no ano passado, terá um difícil teste no campo do Inter Miami, que somou os três primeiros pontos ao vencer o Montreal por 2 a 0.
Com 98 gols em 135 partidas, o atacante venezuelano Josef Martínez quer se firmar como o mais rápido a marcar 100 gols na MLS contra o Union.
Este recorde é mantido até agora por Bradley Wright-Phillips, ex-jogador do New York Red Bulls, que chegou a cem gols em 159 jogos.
Outro dos grandes momentos da segunda rodada será a estreia diante de sua torcid do St. Louis City, que põe fim a uma espera de 45 anos para que esta emblemática cidade americana com ligação especial com o futebol disfrute de uma equipe na mais alta categoria.
O novíssimo estádio Citypark, construído no centro da cidade com capacidade para 22.500 lugares, ficará lotado no sábado para receber o Charlotte.
Um pequeno grupo de torcedores já viajou para o Texas na semana passada para o jogo de estreia contra o Austin FC e teve uma vitória emocionante de 3 a 2, graças a um gol no fim do atacante brasileiro João Klauss.
A cidade de St. Louis teve uma relação muito próxima com o futebol e já em 1950 contribuiu com cinco jogadores para a seleção que venceu a Inglaterra na Copa do Mundo, no Brasil.
Cada seleção dos Estados Unidos contou com pelo menos um jogador nascido ou criado nessa cidade em todas os Mundiais que disputou.
No âmbito de clubes, no entanto, não tinha uma participação de alto nível desde que o St. Louis Stars da antiga North American Soccer League (NASL) deixou a cidade em 1978.
Nas décadas seguintes, os torcedores tiveram que preencher esse vazio com times universitários ou de ligas inferiores.
“Já vi gente nas lojas falando sobre isso e vestindo a camisa do City. É uma lição de humildade e isso deve nos motivar todos os dias”, destacou o técnico da equipe, o sul-africano Bradley Carnell.
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