O futuro ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disse que a equipe do presidente eleito quer saber “a verdade da Petrobras no Brasil”. Ao ser questionado sobre qual serĆ” a polĆtica de preƧos adotada pela estatal, Lorenzoni afirmou que tem “curiosidade” em saber o que o presidente Michel Temer sabe sobre a Petrobras e que, no governo Bolsonaro, “quem roubar vai para cadeia e ele joga a chave fora”.
“A Petrobras passou por um perĆodo que passou da 7ĀŖ petrolĆfera no mundo para a 28ĀŖ, graƧas Ć” roubalheira e Ć utilizaĆ§Ć£o inadequada da empresa”, disse, nesta segunda-feira, 29, no hotel Windsor, na Barra da Tijuca. “Hoje, o Brasil vive um drama em relaĆ§Ć£o aos combustĆveis, o cidadĆ£o brasileiro paga uma conta absurda por conta dos equĆvocos cometidos no passado”, acrescentou.
Lorenzoni tambĆ©m disse que a equipe “estĆ” dando o primeiro passinho hoje” e que Ć© razoĆ”vel pedir que todos tenham “um pouquinho de paciĆŖncia” para que Bolsonaro possa conhecer a realidade do atual governo. “Com base nos conceitos que nĆ³s propagamos ao longo de toda campanha, podemos servir a todo o Brasil”, argumentou.
R$ 100 mil
O deputado jĆ” admitiu, no ano passado, ter recebido R$ 100 mil em caixa dois da JBS. Um executivo da Odebrecht tambĆ©m afirmou que, em 2017, Lorenzoni teria recebido R$ 175 mil via caixa 2 da empresa. Segundo Alexandrino Alencar, em delaĆ§Ć£o premiada Ć forƧa-tarefa da OperaĆ§Ć£o Lava Jato, na planilha ‘Drousys’ – programa de controle dos desembolsos ilĆcitos do grupo -, o parlamentar era identificado pela alcunha “Inimigo”.
O inquĆ©rito que investigava o caso da Odebrecht e Onyx foi arquivado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da RepĆŗblica. Onyx Lorenzoni tambĆ©m foi o relator na CĆ¢mara do projeto do MinistĆ©rio PĆŗblico Federal, as 10 Medidas contra a CorrupĆ§Ć£o.