O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que irá insistir até o último momento para que o Senado vote a medida provisória que altera o Código Florestal e reduz a obrigação de proprietários rurais recuperarem áreas ambientais desmatadas. Os senadores, no entanto, fecharam acordo ontem para não votar a medida. Ela perde a validade na próxima segunda-feira, dia 3 de junho.

“Essa medida provisória não é do nosso governo. Eu sempre defendi o agronegócio e nós vamos buscar uma solução. Eu vou dialogar com o presidente (do Senado) Davi Alcolumbre para ver se ainda encontramos alguma solução. A gente tem até a meia-noite da segunda-feira para tentar fazer o Senado votar a medida”, afirmou Onyx.

De acordo com Lorenzoni, ainda que a MP tenha sido editada ainda pelo ex-presidente Michel Temer no fim do ano passado, o governo Bolsonaro “tem identidade” com a proposta. “Queremos que o produtor brasileiro possa produzir, crescer. Nenhum outro país no mundo protege suas matas nativas como o Brasil. A questão do meio ambiente, às vezes, é usada para travar o crescimento do Brasil”, disse.

Minutos depois, no entanto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), confirmou que o Senado não irá votar a medida, ou seja, ela caducará e perderá a sua efetividade. “Não vamos votar a MP, é uma decisão do Parlamento”, garantiu.

Onyx Lorenzoni e Alcolumbre participam nesta manhã desta quinta-feira, 30, da convenção nacional do DEM, que deve reconduzir o atual presidente da sigla, ACM Neto, ao cargo.

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