Responsável por interpretar Elize Matsunaga no novo filme da Netflix que se baseia no assassinato real de Marcos Kitano Matsunaga, em 2012, Lorena Comparato detalha como tem se preparado para o difícil papel.
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Em entrevista ao podcast IstoÉ Gente Entrevista, a atriz já adianta que não conheceu a mulher, condenada por matar e esquartejar o empresário em 2016, mas que pôde utilizar materiais como o documentário ‘Elize Matsunaga: era uma vez um crime’, da mesma plataforma de streaming, para estudar o caso.
“Infelizmente, assim… E felizmente, né? Não posso ter nenhum contato com ela [Elize Matsunaga]”, conta. “É claro que, quando eu, como atriz, vou retratar uma pessoa que existe, tem todo um cuidado. Um respeito muito grande, a todas as pessoas que a cercam. Mas a gente não pôde ter contato com absolutamente nenhuma pessoa que tinha relação com o caso.”
Ela também salienta que a obra se trata de um filme de ficção, e não um documentário. “Foi um trabalho bem distante e ela não ganha absolutamente nada com essa produção.”
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Durante o bate-papo, a artista também aproveita para comentar sobre os cuidados para consumir conteúdos true crime – que analisam e detalham casos de crimes reais -, o debate sobre a escalação de pessoas sem formação na área da atuação para papéis de destaque e seus trabalhos em ‘Rensga Hits!’ e ‘Bonitinha, mas Ordinária’.
“A nossa profissão [artes cênicas] fala de coisas etéreas. Ela mexe com energias, com histórias e coisas que podem fazer muito mal a psique de uma pessoa se ela não tem uma base e o preparo”, afirma.
“Eu acho um pouco sacanagem não colocar uma pessoa que está lá, estudando e esperando uma oportunidade, só porque a outra tem um número ‘X’ de seguidores, ou porque tem um rosto ‘YZ’.”
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** Estagiária sob supervisão