Principal protagonista da Fórmula 1 nos últimos anos, o inglês Lewis Hamilton brilhou nestes últimos meses, mesmo longe das pistas. Sob o estímulo do hexacampeão mundial, a cúpula da categoria até criou o programa “We Race as One” (Nós corremos como um, em português) para combater o racismo e promover a diversidade na categoria.

O programa foi lançado um dia depois de o piloto britânico participar, disfarçado, de um protesto contra o racismo em Londres. Antes discreto diante de perguntas sobre discriminação, Hamilton abraçou de vez a causa na esteira das manifestações geradas pela morte do americano George Floyd, um homem negro, pela polícia nos Estados Unidos.

“Por tudo o que aconteceu sobre a questão racial, ele vem se posicionando de uma forma que precisamos elogiar e respeitar. Sabe como ninguém na Fórmula 1 sobre a questão do racismo. Ele sentiu na pele a mudança de quando era um piloto iniciante e depois que cresceu na carreira e passou a ganhar. Tem autoridade para falar sobre este assunto e acho muito legal quando o vejo tomando a frente destas questões”, comentou Luciano Burti, ex-piloto de Fórmula 1 e comentarista da TV Globo.

Único piloto negro na história da Fórmula 1, Hamilton também criou uma comissão para promover a diversidade no esporte, a partir de uma parceria de pesquisa com a Royal Academy of Engineering. As equipes do campeonato encamparam a ideia e passaram a exibir imagens de arco-íris nas redes sociais. A McLaren até estampou as cores no halo, a proteção instalada sobre o cockpit do carro.

“São muito legais as atitudes dele fora das pistas. Curioso é que ele é o piloto mais completo e mais sensato do grid até mesmo nas entrevistas. Está num nível acima de todos até no jeito de falar”, avaliou Tarso Marques, também ex-piloto da Fórmula 1.

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