O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, se reuniu com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, nesta segunda-feira (23), durante uma visita surpresa a Londres, e ambos concordaram em reforçar a cooperação militar.
A visita de Zelensky ao Reino Unido, onde ele também se reuniu mais cedo com o rei Charles III no castelo de Windsor, ocorre após os novos ataques lançados pela Rússia contra Kiev e região na madrugada de domingo para segunda.
Após o encontro com o premiê na residência londrina do chefe de governo britânico, em Downing Street, Starmer disse que os dois dirigentes tiveram “uma excelente reunião bilateral” e chegaram a um “acordo de coprodução industrial militar”, o qual qualificou de “um grande passo adiante na contribuição que podemos seguir fazendo”.
Zelensky disse que o acordo “será muito forte e transformará ambas as nações”, embora não tenham sido revelados detalhes do pacto.
Mais de 50.000 soldados ucranianos foram treinados no Reino Unido no âmbito da cooperação entre os dois países.
O presidente ucraniano disse que este fato ajudou a “fortalecer” o Exército de seu país e a “sobreviver e lutar”.
O Reino Unido tem sido um dos mais firmes apoiadores da Ucrânia desde que a Rússia iniciou a invasão ao país vizinho, em fevereiro de 2022, impondo sanções a Moscou e fornecendo múltiplos pacotes de ajuda militar a Kiev.
Starmer prometeu que o apoio vai continuar “pelo resto do conflito” e ajudará a pôr a Ucrânia na “posição mais forte possível” para negociar um cessar-fogo.
Zelensky assinalou que a Ucrânia está “muito agradecida ao Reino Unido pelo grande apoio desde o começo desta guerra”.
Espera-se que Zelensky participe da cúpula da Otan, na terça e na quarta-feira, em Haia, onde os aliados vão trabalhar “para garantir que a Ucrânia esteja na melhor posição possível à medida que avançamos para a etapa seguinte deste conflito”, segundo Starmer.
Ao menos oito pessoas morreram em bombardeios russos na madrugada de domingo para a segunda-feira na região de Kiev, anunciaram as autoridades ucranianas.
Os novos bombardeios ocorrem enquanto os esforços diplomáticos para pôr fim à guerra entre Moscou e Kiev, desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, em 2022, se encontram estagnados.
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