A edição 2025 do Lollapalooza colocou luz sobre o poder feminino. No palco, grandes nomes se apresentaram nos três dias de festival, ocorrido no último final de semana, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Nos bastidores, mulheres de peso mostraram sua força para o evento acontecer e ser um sucesso.
Um dos festivais de música mais aguardados do ano, o Lolla se transformou em um ambiente perfeito para reunir uma legião de adolescentes. Alguns até acompanhados dos pais, vale ressaltar. A atração mais esperada, que encerrou a primeira noite da edição no palco Budweiser, foi a ex-estrela da Disney, Olivia Rodrigo, artista estadunidense de 22 anos que ganhou fama mundial com o álbum de estreia, “Sour” (2021).
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Quem não fez por menos foi a cantora canadense Alanis Morissette, com show no sábado, 29. A veterana reinou entre os adolescentes e mostrou como se faz uma apresentação de peso. O setlist foi dominado pelo álbum “Jagged Little Pill”, de 1995, que vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo.
Mas, nem só de língua estrangeira se faz um belo festival. A nossa brasileiríssima Mariana Lima, que completou 45 anos de carreira em 2024, provou que o pop nacional nunca perde seu valor. Ela subiu ao palco também no sábado, 29, e gerou polêmica ao demonstrar insatisfação com o volume de sua guitarra e pedir para alimentar.
O Lolla aconteceu na última semana de março, mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher. Por isso mesmo, nada mais justo do que dar a devida visibilidade e reverência à forma feminina.
Se no palco elas brilharam, nos bastidores não foi diferente. Exemplo disso é a criadora de conteúdo Raquel Boletti, CEO da Night Shift Operações, uma das forças na organização do setor do entretenimento ao vivo, e que atua desde a gestão de acessos até o gerenciamento de equipes.
Questionada sobre o 8 de março ser realmente uma data significativa, Raquel respondeu com um “sim”, rejeitando a ideia de ser apenas uma escolha arbitrária no calendário.
Apesar dos avanços na busca por igualdade de gênero, a criadora de conteúdo lamenta que muitas mulheres ainda enfrentam barreiras no mercado de trabalho global. Ela reconhece que foi preciso ter muita eficiência e sensibilidade para conseguir conquistar lugares e liderar grandes produções.
A empresa NS, onde Raquel é CEO, operou no Lollapalooza Brasil com 85 profissionais, dos quais 52 são mulheres. Para ela, a presença feminina também se reflete na coordenação geral: das 18 posições de liderança, 16 são exclusivamente delas.
“Nós estamos fazendo a nossa parte ao criar esse ambiente de valorização e impulsionamento”, ressaltou.
“O protagonismo passou dos palcos para os bastidores da indústria de eventos e tem ganhado espaço, e a NS Operações é um reflexo dessa mudança”, disse Raquel Boletti