O estilista estrela da Loewe, Jonathan Anderson, propôs nesta sexta-feira (27) uma coleção feminina para a próxima primavera-verão que levita, com vestidos grandes que balançam graças a argolas, como no século XVIII, ou suéteres de penas brancas.

Para levantar voo, tênis de boxe ágeis, com o logo da marca espanhola.

Ao mesmo tempo, Anderson propõe uma reinterpretação dos materiais nobres da marroquinaria. Os arames que servem para ventilar os vestidos também ajudam a levantar os casacos de pele.

“O material sai voando da peça. Você tem a estrutura, mas ao mesmo tempo a ideia de algo que está em constante movimento”, explicou Anderson à imprensa após o desfile.

Enquanto no século XVIII as argolas eram utilizadas para dar leveza aos vestidos pesados, Anderson as utiliza para dar uma ideia ainda mais sonhadora aos vestidos quase transparentes, como se a peça, quase um véu (invariavelmente estampado com flores), acompanhasse sua dona flutuando.

“Conseguimos encontrar uma forma de deixar a estrutura bastante leve. Dá para conseguir tensão com apenas dois pedaços de tecido”, acrescentou.

– O papel de Issey Miyake –

Na Issey Miyake, a coleção primavera-verão 2024/2025 foi implantada em torno da arte do papel.

“Uma vontade de enraizar-se ao toque”, explica o estilista Satoshi Kondo, à frente da famosa marca japonesa com sede em Paris.

Alguns vestidos são tão finos que parecem poder rasgar a qualquer momento.

Os casacos feitos de “washi”, o tradicional papel japonês, são usados com as pernas nuas, como um poético origami desdobrado em bege, de onde emana grande pureza.

As calças são presas com clipes de metal inesperados.