O coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Roberto Lobarinhas, destacou nesta quarta-feira, 27, que o estoque da dívida pública federal (DPF), que chegou a R$ 6,265 trilhões em agosto, é o maior da série histórica do Tesouro.

Lobarinhas também disse que esta foi a primeira vez que a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) alcançou um estoque superior a R$ 6 trilhões. O montante somou R$ 6,028 trilhões, devido à emissão líquida de R$ 59,73 bilhões e apropriação positiva de juros de R$ 54,98 bilhões.

Ele ainda contextualizou que o mês de agosto foi marcado por nova rodada de aversão ao risco, com a repercussão do rebaixamento do rating dos Estados Unidos pela Fitch e as dificuldades da economia da China.

“Apesar do ambiente de aversão à risco e mesmo em um mês com volume reduzido de vencimentos, o Tesouro conseguiu fazer bom volume de emissões, com maior participação de prefixados”, destacou.

Setembro tem nova rodada de aversão ao risco por expectativa com juros nos EUA

O coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional explicou que o mês de setembro teve nova rodada de aversão ao risco, diante da perspectiva de juros altos por prazo mais prolongado nos Estados Unidos, o que impactou os mercado em geral, especialmente emergentes.

Ele ainda disse que no cenário doméstico, a parte intermediária e longa da nossa curva subiram de 10 a 25 pontos-base, influenciadas pelo mercado externo. Já a parte curta cedeu, guiada pela política monetária em curso e dados da inflação, especialmente IPCA de agosto. Este conjunto, no entanto, contribuiu para um ganho de inclinação da curva de juros do mês.