A cantora e compositora Liza Lou, uma das vozes mais promissoras da nova cena da música brasileira, acaba de lançar um projeto especial para homenagear o Dia da Abolição da Escravatura no Brasil (13 de maio). Liza tem publicado uma série de vídeos em suas redes sociais, interpretando músicas que atravessaram gerações nas vozes de mulheres pretas que moldaram e seguem moldando a história da música brasileira.
Os vídeos seguem uma ordem criada pela cantora, que começa com Clementina de Jesus, em 1901, e segue até 2005 com Liniker.
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“O que eu estou fazendo aqui é reconhecer as mulheres que vieram antes e abriram caminho. Cada uma dessas vozes me ensinou sobre resistência, beleza, dor e amor. Me inspira, me fortalece e me lembra quem eu sou”, reflete Liza sobre o projeto que segue até o fim de junho, quando deve ser encerrado com uma surpresa para os fãs.
O projeto — que estreou no dia 13 de maio, data que marca simbolicamente a luta contra o racismo estrutural no país — homenageia nomes como Elza Soares, Clementina de Jesus, Jovelina Pérola Negra, Alcione, Leci Brandão, Sandra de Sá, Zezé Motta, Margareth Menezes, Mart’nália, Teresa Cristina, Luedji Luna, Iza, Liniker e Ludmilla, entre outras. Outra grande atração do projeto é a vista do Cristo Redentor como pano de fundo dos vídeos da cantora.
A cada vídeo, Liza não entrega apenas uma interpretação vocal, mas sim um manifesto de arte, identidade e ancestralidade, afirmando a importância dessas vozes na construção da cultura brasileira — e também na sua própria formação como artista preta, mulher e periférica.
O projeto chega na sequência do álbum SAL, lançado por Liza em 2024, que já reflete em suas 10 faixas temas como espiritualidade, brasilidade, afetividade e resistência. Ao longo dos últimos meses, ela também se destacou nas redes sociais com releituras que viralizaram — algumas ultrapassando 3 milhões de visualizações — e interações orgânicas de artistas como Seu Jorge, Rael, Sandra de Sá e Mart’nália.
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