Em entrevista ao “Encontro” nesta quarta-feira, 24, Yasmin Brunet desabafou sobre seu diagnóstico de lipedema. A influenciadora, que participou do “BBB24“, contou que descobriu ser afetada pela condição antes do reality, mas que suas crises se intensificaram durante o confinamento.

“Eu sentia muita dor, muito desconforto, sentia pressão, incomodava. Minha perna ficou gigante, o tornozelo gigante. Quando eu saí, eu encontrei um médico incrível, que está me ajudando muito”, contou a modelo.

E Ícaro Samuel, médico cirurgião plástico membro-fundador da Associação Brasileira de Cirurgiões Plásticos (BAPS) e membro-titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS), explica por que Yasmin notou piora nos sintomas durante o “BBB”.

“Crises podem ocorrer devido a alterações hormonais, alimentação inadequada (rica em alimentos processados e embutidos), ou até mesmo ser influenciadas por fatores emocionais”, detalha o especialista.

O que é lipedema?

À IstoÉ Gente, Ícaro Samuel explica a condição: “O lipedema é uma doença crônica e progressiva dos sistemas linfático e adiposo, resultando em alterações no depósito de gordura, principalmente nos membros inferiores (pernas). Mas também pode ocorrer em outras áreas do corpo, como os braços”.

Conforme explica o médico, o diagnóstico da condição é realizado por meio de exames clínicos e físicos, além da análise da história do paciente. Segundo ele, sensibilidade ao toque, surgimento de pequenos hematomas com facilidade, inchaço e sensação de peso na região afetada, além de alterações na superfície da pele, são os principais sintomas.

Ainda no “Encontro”, Yasmin explicou que muitas pessoas afetadas pela condição escolhem a lipoaspiração nas pernas, mas que preferiu optar pela rota não-cirúrgica.

“A gente está tratando de uma forma mais natural, mudando a alimentação, que é a primeira coisa. Tive que cortar glúten, trigo, leite e derivados, várias coisas para desinflamar o corpo. Mas dá resultado super rápido. Eu cogitei por um momento [fazer lipoaspiração], mas quis ir por outro caminho”, contou a modelo.

De acordo com Ícaro, o tratamento da condição inicia-se com abordagens clínicas, envolvendo “mudanças nos hábitos de vida, orientação alimentar adequada, atividade física dirigida e avaliação laboratorial completa, seguido de acompanhamento com cirurgião vascular e plástico”. Mas ele não descarta a lipoaspiração, em casos específicos, para melhorar a aparência da região afetada.

“Embora não haja cura, como em qualquer doença crônica, o controle e a melhoria significativa dos sintomas são possíveis com tratamento contínuo e mudanças permanentes nos hábitos de vida”, finaliza o médico.