Cinco gols contra o Bayer Leverkusen, quatro gols ante o Arsenal, três frente ao Equador, outros tantos na final… A Argentina enfrenta a Croácia nesta quinta-feira em uma partida de vida ou morte, uma situação em que Lionel Messi se sente historicamente à vontade.

O astro do Barcelona e da alviceleste forjou a sua lenda com base em atuações impossíveis, superações impensáveis e gols unicamente a sua altura.

Não à toa, quando as comparações com Diego Maradona começavam a surgir, Messi emudeceu o planeta com um gol em uma partida contra o Getafe idêntico ao de seu compatriota contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986, no México.

Os holofotes nunca apagaram. A pressão tampouco desapareceu. “La Pulga” saltou todos os obstáculos que encontrou até levar cinco Bolas de Ouro e quatro Ligas dos Campeões.

Após perder um pênalti no decepcionante empate (1 a 1) de sua seleção contra a Islândia na estreia na Copa da Rússia, Messi terá que voltar a subir o nível para lembrar o jogador decisivo que classificou a Argentina para o Mundial contra o Equador e que deu a Champions para o Barcelona em 2009 e 2011 contra o Manchester United.

– O mais recente –

A Argentina ainda não tinha garantida sua ida para a Rússia, em 10 de outubro, na última partida das Eliminatórias para a Copa. Do outro lado, o Equador se preparava na alta altitude de Quito. A seleção local abriu o placar, mas os três gols do “Messias” colocaram a alviceleste onde deveria estar, entre os candidatos a vencer uma competição que lhe escapa há 32 anos.

– As maiores goleadas –

Em 8 de março de 2012, com rosto de menino e o cabelo comprido, se exibiu no jogo de volta das oitavas contra o Bayer Leverkusen. Com a camisa do Barcelona, não teve piedade dos alemães e fez cinco gols em uma noite histórica (7-1).

Dois anos antes, contra o Arsenal, uma se suas vítimas favoritas, havia feito quatro (4-1), três deles em apenas 20 minutos no primeiro tempo.

– Os mais decisivos –

Em 2009, com somente 21 anos, o Barcelona venceu por 2 a 0 o Manchester United de Alex Ferguson na final da Champions, com um gol de Messi no segundo tempo. Duas temporadas depois, em 2011, repetiu o feito. Os pupilos de Pep Guardiola sofriam (1-1) quando Messi apareceu com um chute de fora da área que acabou sendo definitivo (3 a 1 no placar final).

Nesse meio tempo, até o final de 2009, “La Pulga” acabou com o Estudiantes de La Plata na final do Mundial de Clubes com um gol de peito na prorrogação.

– E os gols na Rússia? –

A Argentina enfrentará a Croácia na primeira “final” da alviceleste na Rússia… desde o segundo dia. Nem Messi nem seus compatriotas esperavam se ver nessa situação tão rápido, principalmente depois de abrir o placar contra a Islândia, mas o sul-americanos precisam vencer os europeus se não quiserem complicar quase definitivamente suas aspirações na Copa.

Messi ganhou tudo com o Barcelona. E muitas vezes. Mas os títulos com sua seleção resistem a chegar: a Argentina não levanta um troféu desde a Copa América do Equador, em 1993, quando Gabriel Batistuta era o destaque da equipe.

Na Rússia, a pressão chegou antes do tempo. Mas já está lá. Para que a seleção argentina continue sonhando com o troféu da Copa, o primeiro degrau é a Croácia. E, para superá-la, Messi precisa estar em uma daquelas noites contra o Equador, o Bayer Leverkusen, o Arsenal, ou o Manchester United.

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