[ALERTA GATILHO: Este texto trará relato de depressão, bipolaridade e uso de substâncias, podendo gerar gatilho em quem estiver passando por situações semelhantes. Caso você se identifique e esteja pensando em se machucar, procure ajuda de um médico, psicólogo, familiar, ou ligue para o CVV – Centro de Valorização da Vida (188)]
Linn da Quebrada, 34 anos, quebra o silêncio e fala pela primeira vez sobre o que passou nos últimos meses. A cantora volta aos palcos no Sesc 14 Bis, em São Paulo, neste fim de semana, e concede entrevista reveladora ao canal da drag queen Bianca DellaFancy.
Na ocasião, a atriz fala sobre o vídeo em que aparece atordoada e perambulando pelas ruas de São Paulo, que viralizou em março deste ano, época em que estava internada em uma clínica de reabilitação para tratar dos diagnósticos de depressão e bipolaridade.
“A exposição do vídeo me deixou muito vulnerabilizada, mas não me pegou porque eu já estava internada. Recebi muito mais amor do que qualquer outra coisa. Fui muito acolhida”, declara.
+ Linn da Quebrada se manifesta pela primeira vez após nova internação
Questionada sobre o que estava sentindo naquele momento, Linn da Quebrada explica que vivia um “desequilíbrio psíquico”. “Sobre aquele momento, não tenho muito o que falar. Foi um momento de desequilíbrio psíquico, mental, psicológico”, conta.
“Eu estava alienada de mim mesma, fugindo de mim, das pessoas que queriam que eu ficasse bem, fugindo de casa. Estava querendo afundar cada vez mais. Até que chegou o momento que as pessoas conseguiram me resgatar, me convencer que era preciso ser internada e aí passo por um momento de desintoxicação”, frisa.
A cantora afirma que entrou em um momento de desequilíbrio por conta de uma crise de bipolaridade e depressão. “Aliada à minha depressão, eu entrei em um processo de mania. Estava tomando antidepressivos e, dentro do meu processo, a gente entendeu que talvez eu tenha bipolaridade, e entrei em um desequilíbrio”, explica.
Linn recorda que começou a fazer uso de substâncias: “Entrei num processo de uso abusivo de substâncias, nisso foi preciso que eu me cuidasse. Não foi a primeira vez que fiz uso abusivo de substâncias. É um processo bem delicado de compreender. Nós sabemos como, muitas vezes, nossa comunidade é atravessada pelo uso de substâncias”.
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