PMDB Quer voltar a ser o maior e dominar as presidências da Câmara e do Senado (Crédito:Edilson Rodrigues)

A cúpula do PMDB está trabalhando para enquadrar o partido de norte a sul do país. Seu presidente, Romero Jucá (foto), comanda a articulação para entregar o comando do partido nos estados para dirigentes regionais alinhados com a orientação nacional. Líderes como Roberto Requião (PR) e Kátia Abreu (TO), se der certo esta estratégia, perderão peso político. O partido também quer lançar o maior número possível de candidatos a governador. Acredita que, assim, conseguirá eleger a maior bancada de deputados federais e de senadores. E, mesmo que não tenha candidato próprio a Presidente da República, será protagonista principal da eleição presidencial, na formação e na condução do governo que assumirá em 2019.

Perdas

A ação do PMDB está afetando os planos dos outros. O DEM pode perder o ministro Fernando Filho e seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, que vão sair do PSB. Eles estavam com o pé no DEM, mas agora estão em marcha batida para o PMDB. Fernando Filho será candidato a governador e Jarbas Vasconcelos ao Senado em Pernambuco.

Divididos

Os 14 parlamentares que devem deixar o PSB não vão para o mesmo lugar. Cada um deles esta buscando a melhor alternativa regional para as eleições do ano que vem. O DEM e o PMDB são os destinos preferidos. A saída do PSB deve ser decidida numa reunião na terça-feira e o anúncio formal está programando para antes de 7 de setembro.

Rápidas

* Somente dois procuradores da República dos 13 que investigaram a Lava Jato foram à pré-estréia do filme “Polícia Federal, a Lei é Para Todos”. Os procuradores não gostaram da PF ser apresentada como protagonista. Deltan Dallagnol saiu em silêncio.

* O vice paulista, Márcio França, não quer só concorrer ao governo de São Paulo. Quer também o controle do PSB e tirar o poder do time de Pernambuco. Quer garantir que os socialistas integrarão a coligação que o governador Geraldo Alckmin articula.

* O PP do Rio vai abrir uma dissidência e apoiar o presidenciável Jair Bolsonaro. O acordo está encaminhado. O próximo passo será o deputado estadual Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro deixarem o PSC e se filiarem ao PP.

* O ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, dedicou um dos textos desta semana de seu ex-Blog ao avô do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Felinto Maia foi diretor, de 1946 a 1960, da Casa da Moeda, que será agora privatizada.

Quem pode, pode

Divulgação

A segurança presidencial da ex-presidente Dilma Rousseff está trabalhando dobrado. Residente no bairro Tristeza, na Zona Sul de Porto Alegre, ela mantém sua rotina de andar de bicicleta pelas ruas. Mas relatam que ela não se conforma com o fato de ter de enfrentar carros, ônibus, semáforos e transeuntes. Contam que se dependesse dela, o trânsito parava, como se ainda fosse Presidente da República.

Retrato falado

“Descobre o que houve com o meu cartão de crédito“

Um dias desses, ao tentar realizar uma compra, o presidente da CEF, Gilberto Occhi (foto), foi surpreendido. A máquina não autorizou a operação. Sua secretária liga para o cartão e é informada de que ele está bloqueado. A secretária então liga para o banco e pede para desbloquear. Ouve que o sistema não pode desbloquear por falta de pagamento. Ela volta a ligar para informar que foi pago e pedindo para desbloquear. Ouve que o sistema não permite e que o desbloqueio automático ocorre depois de cinco dias.

A caminho da África

Depois de 13 anos no Haiti, o próximo destino das Forças Armadas brasileiras é a República Centro-Africana. Lá não será a mesma tranquilidade. Há uma guerra permanente entre a coligação muçulmana Seleka e a milícia anti-Balaka, de maioria cristã. São milhares de mortos e um milhão de pessoas que deixaram suas casas e terras para sobreviver. A tensão é tamanha que escritórios e residências de organismos humanitários chegam a ser assaltados. Essas missões militares servem para treinar oficiais e soldados do Brasil. O custo anual é de cerca de US$ 1 bilhão e a ONU entra com US$ 350 milhões. O país foi governado pelo folclórico imperador Bokassa (1976-1979).

Toma lá dá cá

José Anibal, instituto Teotônio Vilela

O PSDB pode apoiar o candidato de outro partido, como o vice-governador Márcio França, para o governo de São Paulo?
O PSDB tem tradição de candidatura. São 23 anos no governo. É muito difícil o PSDB não ter. Mas precisamos considerar a eleição presidencial e avaliar os melhores caminhos.

O governador Geraldo Alckmin quer que o PSDB defina seu candidato a presidente em dezembro. O candidato a governador também deve ser decidido nessa época?
Não creio. Há todo um processo de conversas que se estabelece depois de resolvida a eleição principal. A partir daí começa a costura das composições. Acredito que em maio o partido deveria ter seu candidato escolhido.
As conversas indicam que o PSDB e o PMDB estarão juntos na eleição presidencial.

O PSDB e o PMDB serão aliados nas eleições estaduais?
O PMDB tem tido candidato. O Paulo Skaf quer concorrer. Em 2014 ele disputou. Candidatos próprios aqui não atrapalham a composição nacional. No primeiro turno, é natural que aliados coloquem suas candidaturas.

Esperança

O PT é a última bala dos defensores do Distritão. Acreditam que o Distritão com legenda balançou os petistas. O líder petista, Carlos Zarattini (foto), nega. Os que acreditam nessa mudança de posição, argumentam que os petistas podem se converter, porque, depois de tudo o que viveram nesses dois anos, são os únicos que acreditam que têm voto de legenda.

Defesa a jato

Foi concorrido o vôo JJ 3721 da TAM, de Brasília para Congonhas (SP), na noitinha de quarta-feira (30). Na primeira fileira, estava acomodado o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira, defensor do presidente Temer. Na parte de traz, estava o advogado Cristiano Zanin, que defende o ex-presidente Lula. Eles passaram o dia entretidos na Lava Jato.

Maior apoio social

Empresários e sindicalistas vão ao presidente Temer pedir a ampliação de parcelas do seguro desemprego. Como não há previsão da retomada em larga escala dos empregos, acreditam que é necessário impedir maior efervescência nas ruas. Na comitiva, os presidentes da Fiesp, Paulo Skaf (foto), da UGT, Ricardo Patah; e, o vice da Força, Miguel Torres.