A Light convoca para o dia 22 de novembro Assembleia Geral Extraordinária (AGE) sobre alterações no estatuto social para viabilizar eventual operação de pulverização do capital. Há a possibilidade de realização de uma oferta pública primária de ações, com esforços restritos de distribuição, no Brasil e no exterior, que poderá ter parcela secundária e ancoragem por fundos de investimento liderados pela GP Investments.

A operação seria uma forma de a Cemig se desfazer da participação que detém na Light.
Semana passada, o gerente de Mercado Investidor da Cemig, Robson Laranjo, disse que a possibilidade mais factível neste momento no que diz respeito ao avanço do desinvestimento da Light seria o “follow on” (oferta de ações subsequente).

Enquanto isso, na Rio Minas Energia Participações (RME), os bancos acionistas – BB-Banco de Investimento, BV Financeira e Santander – têm direito de venda da totalidade das ações. A RME é um veículo de investimento que detém 13,03% de participação no capital social da Light. Há ainda a possibilidade de os acionistas integrantes do bloco de controle da Light (Cemig, RME e Luce) venderem parte de suas ações no mercado secundário.

Ao que a Light conclui, em fato relevante, que a eventual oferta, a extinção do bloco de controle e/ou a venda de ações do bloco, “poderão pulverizar o capital social da companhia, sem que qualquer acionista ou grupo de acionistas detenha, individualmente ou em conjunto, participação superior a 50% do capital social da companhia, e sem a existência de um acionista controlador (ou grupo de acionistas controladores), seja de forma direta ou indireta.”