A Operação Favorito, que prendeu vários empresários ligados à área da Saúde do Rio de Janeiro, jogou luz sobre um empresário que ainda vai dar dor de cabeça ao governador Wilson Witzel, ao prefeito Marcelo Crivella e ao desembargador Paulo Rangel, do TJ-RJ. Trata-se de Leandro Braga Sousa.

Ele é dono da LP Farma Comércio de Produtos Hospitalares e vendeu equipamentos superfaturados para as UPAs do Rio, comandando um esquema criminoso para desviar dinheiro público do governo fluminense.

É também proprietário da LPS Corretora de Seguros, empresa envolvida num escândalo de desvios no Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e que chegou a ter o desembargador Rangel como sócio. Leandro é o elo entre as três autoridades que podem ficar em maus lençóis por causa dele.

Triângulo

Leandro tornou-se amigo de Witzel por ser motorista do TJ-RJ. Quando Witzel assumiu o governo, Leandro indicou Claudio Dutra para a presidência do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Com a influência, Leandro resolvia problemas das empresas que tinham negócios com o Inea e depois sua corretora de seguros, a LPS, fechava contratos com elas.

Novelo

O MP está agora seguindo o fio da meada. Vai identificar quais são as empresas com quem a LPS de Leandro fazia negócios, cruzando com os contratos que elas mantinham com o Inea. Outra ligação investigada é uma sociedade de Leandro de Sousa com Maressa Crivella, nora do prefeito Marcelo Crivella. Queriam montar um banco digital para evangélicos.