Mais cotado — ao menos até agora — para ser indicado por Lula ao STF, Jorge Messias não deve ter desta vez a mesma receptividade que teve em 2023 junto à bancada evangélica do Congresso. O ministro da AGU é membro da Igreja Batista.
Lideranças da Frente Parlamentar Evangélica ponderam que, na última indicação de Lula à corte, quando Messias foi cogitado, ele era considerado “menos pior” comparado a Flávio Dino, o escolhido do presidente. Desta vez, o ministro da AGU tem como principais concorrentes o senador Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais, e o ministro do TCU Bruno Dantas.
A bancada evangélica não planeja, até o momento, promover encontros com Messias, como fez no ano passado. Entretanto, reconhece-se que alguns integrantes do grupo, como o deputado Cezinha de Madureira, do PSD de São Paulo, podem tomar a iniciativa de planejar esses encontros.
Uma das lideranças da bancada e ex-presidente da frente, Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, disse em seu Twitter que Jorge Messias é um “evangélico de esquerda”.
A narrativa da vez da oposição, que tem maioria na bancada evangélica, é cobrar Lula pela indicação de uma mulher ao STF.