ROMA, 20 MAI (ANSA) – A morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, aos 63 anos, em uma queda de helicóptero repercutiu na madrugada desta segunda-feira (20) e provocou a reação de diversos líderes mundiais.   

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, expressou sua solidariedade e a da Itália ao governo e ao povo iraniano”, reforçando que “nestas horas as autoridades iranianas estão a credenciar a tese do acidente, e não leituras de conspiração”, principalmente porque haverá “grandes mudanças na estrutura interna do Irã”.   

Em entrevista ao Canale 5, a premiê italiana disse esperar que a futura liderança iraniana queira comprometer-se com a estabilização e a pacificação da região.” “Estamos continuamente em contato com os nossos aliados europeus e do G7, porque estamos a falar de um assunto que se insere num quadro regional particularmente complexo”, acrescentou Meloni, confirmando que “dentro de alguns minutos” terá uma reunião” com os ministros e os serviços de informação relevantes para fazer um balanço”.   

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, expressou suas condolências pela morte de Raisi e de todas as vítimas “do acidente de avião ocorrido ontem”.   

A União Europeia (UE) também enviou suas sinceras condolências pela morte de Raisi e do chanceler iraniano, bem como de outros membros da sua delegação e tripulação no acidente de helicóptero.   

“Os nossos pensamentos estão com as suas famílias”, escreveu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no X (antigo Twitter).   

Já o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell, apresentou as suas condolências pela morte de todos a bordo do helicóptero e prestou solidariedade às famílias e cidadãos iranianos afetados.   

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serghei Lavrov, assim como o presidente Vladimir Putin, lamentou a tragédia e disse que Raisi e o chanceler iraniano eram “verdadeiros amigos”.   

Citado pela agência Tass, o russo destacou o papel de ambos “no fortalecimento da cooperação russo-iraniana e da parceria de confiança”.   

Por sua vez, o presidente chinês, Xi Jinping, descreveu a morte de Raisi como “uma grande perda para o seu povo” em uma mensagem ao vice-presidente do Irã para expressar “profundas condolências em nome do governo e do povo chinês”.   

“A sua morte trágica foi uma grande perda para o povo iraniano e o povo chinês perdeu um bom amigo”, disse Xi, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.   

Além disso, o líder chinês ressaltou que Raisi “fez esforços ativos para consolidar e desenvolver a parceria estratégica abrangente” entre Pequim e Teerã.   

Já o presidente sírio, Bashar al-Assad, expressou “solidariedade” ao Irã e com as famílias dos falecidos e seus companheiros”.   

“Trabalhamos com o falecido presidente para garantir que as relações estratégicas entre a Síria e o Irã sempre florescessem”, acrescentou a nota.   

O Hezbollah libanês prestou homenagem ao presidente iraniano, chamando-o de “protetor dos movimentos de resistência”.   

Em entrevista coletiva, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, também lamentou a morte do presidente iraniano.   

“Desde o primeiro momento em que ouvimos falar do acidente, estivemos em contato com as autoridades iranianas e mobilizamos todos os meios para ajudar nos esforços (de resgate).   

Instituições relevantes, incluindo o nosso Ministério da Defesa e a autoridade de desastres da AFAD, fizeram o seu melhor, mas infelizmente não conseguimos. capaz de ouvir boas notícias”, afirmou.   

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, se manifestou no X e disse esta “profundamente entristecido e chocado com o trágico falecimento” de Raisi.   

“A sua contribuição para o fortalecimento da relação bilateral Índia-Irã será sempre lembrada. Minhas mais sinceras condolências à sua família e ao povo do Irã. A Índia está ao lado do Irã neste momento de tristeza”, concluiu.   

Enquanto isso, o Líbano anunciou três dias de luto nacional pela morte de Raisi e os rebeldes houthis iemenitas, apoiados pelo Irã, afirmou que a tragédia representa “uma perda para o mundo islâmico”.   

“É uma perda não só para o Irã, mas também para todo o mundo islâmico, Palestina e Gaza”, declarou o porta-voz Houthi, Mohammed Abdelsalam, no X, acrescentando que os palestinos tinham “uma grande necessidade da presença de um presidente que continuasse a defender seus direitos”. (ANSA).