07/11/2024 - 1:46
Líderes de todo o mundo felicitaram Donald Trump nesta quarta-feira (6) pela sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos contra a democrata Kamala Harris.
As saudações vão desde celebrações efusivas até mensagens formais expressando bons desejos de trabalhar em conjunto com o futuro governo Trump.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que demonstrou conforto nos últimos anos com o presidente democrata Joe Biden, disse esperar que o retorno de Trump à Casa Branca traga uma “paz justa” para a Ucrânia, invadida pela Rússia desde fevereiro de 2022.
Por outro lado, o presidente russo, Vladimir Putin, que foi muito próximo de Trump no seu primeiro governo, evitou se pronunciar sobre o resultado.
O Kremlin indicou que Putin não pretende felicitar Trump e que julgará a sua presidência “pelas suas ações”.
Trump repetiu em inúmeras ocasiões que é capaz de impor a paz na Ucrânia “dentro de 24 horas”, mas nunca explicou como o faria. Ele também criticou o enorme apoio militar e financeiro fornecido pelo governo Biden para enfrentar a invasão russa.
Uma das saudações mais efusivas foi enviada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que afirmou que Trump conseguiu o “maior retorno da história”.
“O seu retorno histórico à Casa Branca fornece aos Estados Unidos um novo começo e um compromisso poderoso com esta grande aliança entre Israel e os Estados Unidos”, disse Netanyahu em um comunicado.
Os Estados Unidos apoiaram os esforços de mediação na guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza, juntamente com Catar e Egito, cujos líderes também saudaram a vitória de Trump.
O emir do Catar, Tamim bin Hamad al Thani, o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, e o rei jordaniano Abdullah II manifestaram a esperança de continuar trabalhando com o futuro presidente para a paz no Oriente Médio.
O monarca saudita Salman e o seu filho, o príncipe herdeiro e governante de fato Mohamed bin Salman, felicitaram Trump e enfatizaram o fortalecimento da relação bilateral.
O Hamas disse que julgará o próximo presidente americano com base nas “suas posições e comportamento em relação ao povo palestino”, enquanto o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, instou Trump a apoiar “as aspirações legítimas” do seu povo, que aguarda a criação do seu próprio Estado.
A ONU está “disposta a trabalhar de forma construtiva com a administração que entra para abordar os desafios dramáticos que nosso mundo enfrenta”, declarou seu secretário-geral, António Guterres, em um comunicado.
“A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na rede X, ao felicitar Trump.
“O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”, disse Lula, que também desejou “sorte e sucesso” ao republicano Trump em seu futuro governo.
O presidente argentino, Javier Milei, saudou a “formidável vitória eleitoral” de Trump em uma mensagem em inglês na qual lhe desejou “sucesso e bênçãos”.
“Ele sabe que pode contar com a Argentina para cumprir sua tarefa”, escreveu Milei em sua conta na rede X.
O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, juntou-se às felicitações e prometeu trabalhar com o próximo governo Trump “para continuar fortalecendo a relação entre os nossos países, para o benefício do nosso povo”.
“Que Deus o abençoe e o guie”, disse o presidente salvadorenho Nayib Bukele.
Para a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, a vitória de Trump não é “motivo de preocupação”, apesar das ameaças de tarifas e deportações de migrantes. “O México sempre se sai bem […] haverá uma boa relação com os Estados Unidos, estou convencida disso”, afirmou a mandatária.
“O futuro parece brilhante para o continente”, estimou o presidente do Equador, Daniel Noboa, após felicitar Trump no X.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, também se juntou às felicitações e afirmou que “o diálogo norte/sul segue vigente”.
Os líderes europeus, incluindo alguns que tiveram relações complexas com Trump no seu primeiro mandato, expressaram o desejo de trabalhar com ele em uma agenda comum.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse estar ansiosa para trabalhar com Trump em uma “agenda transatlântica forte”.
No seu primeiro governo, Trump distanciou-se dos seus aliados europeus devido aos seus questionamentos sobre a Otan e à sua retirada do Acordo de Paris sobre o aquecimento global.
Ainda assim, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que “trabalharemos nas nossas relações estratégicas bilaterais e em uma forte parceria transatlântica”.
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou estar disposto a trabalhar com Trump “com respeito e ambição”.
Macron discutiu a eleição de Trump com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que se comprometeu a trabalhar com o futuro líder americano pela “prosperidade e liberdade”.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, referiu-se aos Estados Unidos como “nossos aliados mais próximos” e antecipou que a “relação especial (…) continuará a prosperar” sob o futuro governo.
O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, afirmou que o retorno de Trump à Casa Branca ajudará a Aliança a permanecer “forte”.
O presidente turco felicitou seu “amigo Donald Trump”.
O presidente da China, Xi Jinping, que foi alvo de críticas de Trump durante seu governo, enviou ao republicano uma “mensagem de felicitação” na qual afirmou que é preciso “reforçar o diálogo e a comunicação, gerenciar adequadamente as diferenças, expandir a cooperação mutuamente benéfica e encontrar a forma correta para que China e Estados Unidos se deem bem na nova era”.
Mais efusivo, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, insistiu em trabalhar pela “estabilidade regional” em uma área abalada pelo desejo de Pequim de um dia recuperar o que considera uma ilha rebelde.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, espera que, com Trump na Casa Branca, a aliança entre os dois países alcance “novos patamares”.
Por sua vez, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, desejou que a aliança entre os dois países “brilhe ainda mais forte”.
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