ROMA, 21 JAN (ANSA) – Líderes europeus comemoraram nesta quinta-feira (21) o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris sobre o clima, um dos primeiros atos do governo de Joe Biden.   

A ordem executiva que devolve a maior economia do planeta ao tratado climático foi assinada pelo presidente na noite da última quarta-feira (20), revertendo a decisão tomada por Donald Trump em junho de 2017.   

“O presidente dos EUA, Joe Biden, juntar-se novamente ao Acordo de Paris é uma notícia fantástica. Como presidente do G20 e copresidente da COP26, a Itália espera trabalhar com os EUA para construir um planeta sustentável e assegurar um futuro melhor para as próximas gerações”, disse o premiê italiano, Giuseppe Conte, no Twitter.   

Já o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, e o vice-presidente do poder Executivo do bloco, Franz Timmermans, publicaram um comunicado conjunto no qual elogiam a decisão de Biden.   

“Não vemos a hora de ter os EUA novamente ao nosso lado para guiar os esforços globais contra a crise climática, um desafio que somente pode ser enfrentado unindo todas as nossas forças”, diz a nota.   

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou em uma coletiva de imprensa em Berlim que os decretos firmados por Biden em suas primeiras horas de governo mostram que é possível “trabalhar juntos de novo”, especialmente em questões como clima e migrações.   

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Agenda ambiental – Durante a campanha e o período de transição, Biden prometeu colocar os Estados Unidos na liderança do combate à crise climática no planeta e investir bilhões de dólares em geração de energia limpa.   

Em uma conferência online organizada pela Confederação das Indústrias Italianas (Confindustria), o enviado especial de Biden para o clima, John Kerry, ressaltou nesta quinta que “não há tempo a perder”.   

“Teremos uma oportunidade em Glasgow [sede da COP26], uma das últimas para reforçar o corte de emissões”, disse ele, acrescentando que o “fracasso” não é uma opção e que os EUA “desperdiçaram” quatro anos na luta contra o aquecimento global.   

A COP26 está marcada para 1º a 12 de novembro de 2021 e deve se concentrar na regulação global do mercado de créditos de carbono, após o fracasso das negociações na COP25, em Madri, na Espanha.   

Esse modelo de negócios permite que países que superem suas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), vendam o crédito excedente para nações mais poluentes.   

O mecanismo é criticado por ambientalistas, que temem que os créditos de carbono se tornem uma espécie de carta branca para países poluentes não reduzirem suas emissões. (ANSA).   


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