Líderes europeus acompanharão Zelensky em reunião com Trump

BRUXELAS, 17 AGO (ANSA) – Uma comitiva de líderes europeus acompanhará o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na reunião desta segunda-feira (18) com seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca.   

O objetivo do encontro é discutir os resultados do encontro entre o magnata republicano e o mandatário da Rússia, Vladimir Putin, na última sexta-feira (15), no Alasca, e tentar abrir caminho para um acordo de paz.   

Atacado por Trump quando esteve na Casa Branca em fevereiro, Zelensky desta vez terá a seu lado os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, da França, Emmanuel Macron, e da Finlândia, Alexander Stubb, o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, os primeiros-ministros da Itália, Giorgia Meloni, e do Reino Unido, Keir Starmer, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte.   

Antes disso, Zelensky participa neste domingo (17), em Bruxelas, de uma reunião por videoconferência da chamada “Coalizão dos Dispostos”, grupo de países europeus que se ofereceram para fornecer garantias de segurança à Ucrânia no caso de um cessar-fogo.   

Durante a cúpula do Alasca, Putin descartou a hipótese de uma trégua temporária e indicou que pretende trabalhar em um “acordo global” que ponha um fim definitivo à guerra.   

Entre as exigências da Rússia estão a retirada completa das forças ucranianas do Donbass, a região da bacia do rio Donets, que engloba as províncias de Donetsk e Lugansk, e congelar a situação nas províncias de Kherson e Zaporizhzhia, controladas parcialmente por Moscou.   

Em troca, a Rússia não tentaria conquistar novos territórios na Ucrânia. Além disso, o chefe do Kremlin quer que o russo seja reconhecido como uma das línguas oficiais do país vizinho e cobrou garantias de segurança para as igrejas ortodoxas ligadas ao Patriarcado de Moscou.   

“A Rússia está recusando os numerosos apelos por um cessar-fogo e ainda não decidiu quando vai parar de matar. Isso complica a situação. Se não está disposta a executar uma simples ordem de cessar as hostilidades, podem ser necessários importantes esforços para empurrar a Rússia a implantar algo mais importante: a coexistência pacífica com seus vizinhos ao longo de décadas”, disse Zelensky nas redes sociais. (ANSA).